PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

CARDS0269

1823. Carta anónima dirigida a Simão da Silva Ferraz de Lima e Castro, Intendente Geral da Polícia.

ResumoO autor escreve a denunciar Francisco José Rodrigues por conspirar contra o rei.
Autor(es) Anónimo101
Destinatário(s) Simão da Silva Ferraz de Lima e Castro            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Francisco José Rodrigues foi acusado, através de cartas anónimas, de injuriar o Rei D. Miguel e a sua real família numa loja de bebidas na Calçada do Duque, em Lisboa. Esta carta foi enviada quando o réu já se encontrava preso.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra F, Maço 6, Número 46, Caixa 15, Caderno 2
Fólios 3r-v
Transcrição Cristina Albino
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização Cristina Albino
Modernização Clara Pinto
Data da transcrição2007

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

Illmo Snr Intende Geral da Policia

A piedade mal entendida, um vicio ainda mais perigoso do que o Rigor, e as virtudes degenérão, elevadas q sejão aos extremos. Por conseqe, perdoar a hum malvado, a hum criminozo d' Alta traição que se atreve a proferir a jactancia de suas proprias maldes he, todavia, animar os outros ao Crime, multiplicandose por este principio o numero dos criminosos, franqueiando-lhes campo pa perpetrarem outros maiores. pois dever d' hum portuguez honrado, amante da Sta Relegião, do seu Augusto Soberano, e não menos dos Compatriotas q o imitão, lembrar a VSa o quão danosas, e terriveis conseqcias q se seguem da conservação dos malevolos na ordem social, e quão proveitoso se torna á mma decipar, ou banir do seu centro estes monstros de prefidia. Hum filho da perdição, por nome Francisco Jose Roiz, morador na rua Direita da Encarnação n 32, tem perpetrado o horroroso crime de macular a Augusta Pessoa do nosso amado Soberano, proferindo contra sua sagrada, e virtuosa Magestade, e familia Real, os mais atrocissimos e puniveis convicios com escandalosa infamia em publico, e em particulares conventiculos, não escapando ainda mmo em sua maledicente linguagem as authorides constituidas no menisterio; acrescendo a tudo isto, o ser hum perfeito vadio sem emprego, ou ocupação alguma, tendo apenas o de Alcoviteiro de sua propria fama com offensa, e ludibrio da mma sociede. Este monstro de crimes horrorosos deve, qto antes, ser banido, aliás será victima desgraçada ás mãons daquelles q prezão a virtude, e odeião a prevaricação dos malvados. Deos guarde a VSa como lho dezeja.

Hum Anonimo, Lxa. 20 de Junho de 1823

Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Guardar XMLDownload textRepresentação em textoWordcloudRepresentação em facsímileManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases