CARDS5258 1825. Carta de José de Faria Machado, sargento, assinada sob o pseudónimo de António Chuço, para Joana Botas.
Resumen O autor ameaça de morte a destinatária caso ela não entregue 300.000 réis para livrar um preso da Cadeia do Limoeiro.
Autor(es)
José de Faria Machado
Destinatario(s)
Joana Botas
Desde
Portugal, Lisboa
Para
Portugal, Viana, Arcos de Valdevez
Contexto A forma de extorsão que esta carta documenta (e outras mais de igual teor) representa uma prática que se tornou característica da cadeia do Limoeiro no primeiro quartel de Oitocentos e cuja amplitude em muito beneficiou da instabilidade política e social associada aos primeiros anos do Liberalismo e da ambiência generalizada de vulnerabilidade e suspeição.
Soporte
uma folha de papel dobrada, escrita em todas as faces e com sobrescrito na última.
Archivo
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository
Casa da Suplicação
Fondo
Feitos Findos, Processos-Crime
Referencia archivística
Letra L, Maço 8, Número 8, Caixa 19, Caderno 3?
Folios
16r-v
Socio-Historical Keywords
Raïssa Gillier
Transcripción
José Pedro Ferreira
Revisión principal
Raïssa Gillier
Normalización
Raïssa Gillier
Anotación POS
Raïssa Gillier
Fecha de transcipción 2007
Opciones de visualización
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Senhora
Joanna Botas etc
da frega de S Paio. ASistente
no Lugar dos Morilhoins noo Souto
pello Corro da Vella dos Arcos de
Valdeves do Minho
Lisboa 14 de
Mo de 1825 .
Senhora Joanna
Serve esta de lhe partecipar que
nos Açhamos nesta Cide a tratar
de hum Livramto de hum noSo Amigo
e Camarada q Se açha na prizão do
Limoeiro e pa Alcançar a Liverde des
te nosso Amo nos fás perçizo trezentos
mil Reis e Repartida esta quantia
pellos nossos Amigos toca a Vmce Seis
moedas q são 28800 rs de q espe
ramos Logo q Vmce Reçeba esta
no primeiro Coreio q Remeta esta
quantia na forma Seguinte este
dinheiro ha de Ser em Dinheiro de
papel metido dentro de huma
Carta e butada no Coreio Com o Sobre
esCrito pa o Illmo Snr João Uzorio
da Cunha na prizão nova da Corte
Lisboa q desta forma Somos
nos emtregues delle ; e no Cazo
q Vmce não Remeta este dinheiro
no primeiro Corro Como Se lhe dis
Vmce berá Sedo o emSulto q Se lhe
fás prq mando aVizo os meus Camaradas
pa q bom buscar esta quantia e o mais
q Vmce tiver dentro em Sua Caza q tudo
Se lhe ha de Roubar e Vmce perderá a propia
Vida ; e mandando Vmce este dinheiro pode
Viver Sosigada em Sua Caza q nada Se lhe
fás e Vmce bem Save o Sitio adonde mora pa
Se lhe fazer todo o emSulto este dinheiro mand
ando Vmce Se lhe torna a dar pa o Sam João pr
q o pedimos emprestado a Vmce não dado pois
bote bem Sentido o q fica dito ALias espere
pello emSulto q Se lha fás q nimguem lhe
ha de Valer prq athe agora lhe temos
goardado todo o Respeito pois pella
Sua Caza temos passado prq goardamos
pa estas oCazioins q nos fás perçizo
e temos atendido q Vmce he mulher Viuba
e Capas por isso esperamos de Vmce q
Logo no primo Corro Remeta este
dinheiro Sem mais minima falta
nem desCulpa prq Vmce o tem gado
a ganho e Colhe bastante azeite
e bote bem Sentido q não mandando
Vmce Será Roubada e qdo for pa
a Villa tratar da Sua Justicas q
tem Vmce Conheçerá o mal não o mandando
pello primo Corro pois Se lhe torna
a dar e disto não dé a Saber a nimguem
prq o deve goardar todo o Segredo
qdo não não se queixe goardará esta
Carta pa a emtregar qdo Vmce Reçeber
o Seu dinheiro ALias
Anto xuço Capam de 150 homens Montados
e Armados
Domengos Mujo da estela
Joze Guedes de Brito
Leyenda:
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