PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PSCR4611

[1727]. Carta de João Correia da Silva Castel-Branco para Manuel Mendes de Sousa Trovão

ResumoO autor dá instruções ao destinatário sobre as diligências a tomar no âmbito do seu processo e pede-lhe que lhe envie livros para se entreter na cadeia e outros bens que lhe fazem falta.
Autor(es) João Correia da Silva Figueiredo Castel-Branco
Destinatário(s) Manuel Mendes de Sousa Trovão            
De Portugal, Coimbra
Para Portugal, Coimbra
Contexto

Processo relativo a João Correia da Silva Figueiredo Castel-Branco, de dezasseis anos de idade, natural de Lamego e morador em Coimbra, na Quinta das Lágrimas, cavaleiro da Ordem de Cristo e fidalgo da casa real.

Em junho de 1726, João Correia da Silva Figueiredo Castel-Branco aceitou casar com Luísa Clara de Sousa e Magalhães, de dez anos de idade, neta da mulher de Manuel Mendes de Sousa Trovão, cavaleiro da Ordem de Cristo, ex-secretário da Universidade e ex-vereador da Câmara de Coimbra, assinando escritos de promessa de casamento.

O pai do noivo, Pedro de Lacerda Correia, fidalgo da casa real e secretário proprietário da Universidade, opôs-se à realização do casamento, iniciando-se um processo judicial que se prolongou por cerca de dois anos e que levou o filho a ser preso no Aljube entre julho de 1726 e abril de 1728. Alegava o pai que o filho era alienado ou, alternativamente, que já tinha firmado esponsais, primeiro com uma Joana Maria de Vasconcelos e, em seguida, com uma Caetana Maria, ambas moradoras em Lamego.

Ao longo do processo, a posição de João Correia da Silva Figueiredo Castel-Branco foi-se alterando: em janeiro de 1727, o réu demonstrava interesse em casar com Luísa Clara de Sousa de Magalhães, conforme está patente nas cartas que enviou a Manuel Mendes de Sousa Trovão (PSCR4607) e a Maria Caetana de Sousa Magalhães, mãe de Luísa Clara (PSCR4608 a PSCR4610). Depois de, em março, apoiar a posição do seu pai, em julho do mesmo ano voltou a pretender casar com Luísa Clara, altura em que de novo trocou correspondência com Manuel Mendes de Sousa Trovão (PSCR4611 e PSCR4612).

O casamento não chegou a concretizar-se e, em 1736, João Correia da Silva Figueiredo Castel-Branco casou-se, no Porto, com Doroteia Francisca Clara de Lacerda.

Bibliografia:

Mota, Guilhermina (2013), "Longos e penosos meses de noivado: Um processo de esponsais na Coimbra do século XVIII", Revista Portuguesa de História, nº 44, 2013, pp. 359-388.

Suporte duas meias folhas de papel, a primeira escrita no rosto e verso e a segunda escrita no rosto, com sobrescrito no verso.
Arquivo Arquivo da Universidade de Coimbra
Repository Cúria Diocesana de Coimbra
Fundo Câmara Eclesiástica
Cota arquivística Processos de Casamento, Maço 19, Ano de 1727, "Processo de João Correia da Silva", [Dep.III - 1ª Secção E - Est.18 - Tab.2 - Nº19]
Fólios 182r-183v
Socio-Historical Keywords Teresa Rebelo da Silva
Transcrição Teresa Rebelo da Silva
Contextualização Teresa Rebelo da Silva
Modernização Catarina Magro
Data da transcrição2016

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

Sr

Sr Manoel Mendes pa mim as noticias de vmce sam de tanto alivio quanto concidera o meu afecto na supuzissão que vmce Logre hũa prefeita saude que espero em Ds que seja boa e por dilatados annos pa triunfarmos de nossos inimigos que tanto mal nos querem principalmte estes do Aljube que aLem de serem mtos dam mto em que entender ja vmce sabera em como o Pe Franco de Barros me nam fala por vertude de hũa petição que suponho fes o Pe Bernardo Cardozo tambem prezo em este Aljube em nome de meu Pay pelo me he forcado fazer outra pa o que pesso a vmce me mande a forma de como a hey de fazer pa que nem o do Pe Bernardo Cardozo possa fallar em materias de cazamtos nem ainda possa receber cartas de meu Pay e nem com criado seu fallar nem recebendo as ditas cartas por via das fras de Santa Clara que se notifique isto mesmo ao espingardeiro Anto Goncalves pa que nem por si nem por outrem possam induzir semelhantes recados em este Aljube que tambem he nescesario notifiquar a todos os deste Aljube com as penas de direito e pena de penssam a todo e qualquer escrivam que nam meter dentro qualquer menssageiro que por parte de meu Pay venha aqui falar com o do Pe que he o urdidor da miada e a como Alguem ca vier eu darei pte a vmce pa lhe em tudo o que pudermos vmce com toda a brevidade mandeme a forma da petição pa eu a fazer e mandeme dizer em que termos esta este meu nego e qdo poderei daqui sair e mandeme huns poucos de poos pa botar em o cabello e o conservar por que vay saindo com toda a forssa e mandeme e mandeme hum botoins pa o pescosso porque a fita nem sempre se pode andar a meter e a tirar e com isto mto enfado mais a vmce e deme nota do que se passa e do Pe Fr Joaquim e qdo lhe escrever de lhe minhas lenbranssas e ponha aos pes da Snra D Ma Micaella e de Minha May a Snra D Ma Caetana e de Luiza com hum milhar de saudades e Hum sem Numaro de abrassos e mandeme fazer huma vezita da minha pte ao pe Ignacio de Magalheis e outra a Roque montro paim e mandeme dizer quantos Almudes teve de vo em Sta Comba porque dezejo de o saber e se aqui vmce achar hum Livro a que chamam a Coroniqua de Carllos quinto a Corinica de Dom João de Castro e a d el Rey Dom João o Coarto estas tres coroniquas se vmce as puder a ver a mam fassa mto por mas mandar porque o meu devertimto he Ler por Livros curiossos e dezemfadados e com isto nam enfado mais a vmce e veja se lhe tenho algum prestimo por que athe a ultima hora E em todo o tempo hey de ser firme conheçendo o mto que a vmce devo e a toda a caza e no entanto rogo a Ds pela vida e saude de vmces todos a qm o Ceo gde Aljube

Snor Mel Mendes de Souza Trovão De VM Menor e Captivo mto obrigo João Correa de Sylva figrdo Castelbrco

Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Guardar XMLDownload textRepresentação em textoWordcloudRepresentação em facsímileManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases