PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

PSCR1320

1602. Carta de Valério de Abrunhosa para Alexandre de Abrunhosa.

ResumoO autor pede ao seu primo (a quem trata por sobrinho) notícias do seu negócio, fala-lhe do que escreveu a sua irmã, Filipa de Abrunhosa, e do futuro dos seus filhos e filhas.
Autor(es) Valério de Abrunhosa
Destinatário(s) Alexandre de Abrunhosa            
De Florença, Itália
Para Portugal, Lisboa
Contexto

Alexandre de Abrunhosa (TSO-IL, Processo 16992) e o seu primo Gastão de Abrunhosa (TSO-IL, Processo 13174), tal como outros membros da família de ambos, foram acusados de judaísmo em 1602. Alexandre de Abrunhosa, a sua irmã, Isabel de Abrunhosa, e a sua prima, Ana de Abrunhosa, viviam em Lisboa, na freguesia dos Mártires, onde se haviam refugiado para fugir à vaga de prisões feitas pela Inquisição em Serpa. Mesmo assim, foram presos em 1602. Seriam libertados em 1605, graças a um perdão concedido pelo papa, muito por causa das diligências que Gastão de Abrunhosa promoveu em Roma.

Gastão de Abrunhosa fugiu para Espanha em 1602, no seguimento da prisão dos seus primos. Nas cartas que de lá enviou a Nicolau Agostinho (PSCR1317 e PSCR1318), fica patente a sua intenção de se deslocar a Roma em busca de justiça.

Esta carta (PSCR1319) foi enviada pelo correio, juntamente com outra do mesmo autor, à mesa da Inquisição, a 31 de Julho de 1602, segundo está explicado no topo do documento.

Suporte uma folha de papel escrita numa das faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 13174
Fólios 48r e 49v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2313388
Transcrição Maria Teresa Oliveira
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Maria Teresa Oliveira
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

O script do Java parece estar desligado, ou então houve um erro de comunicação. Ligue o script do Java para mais opções de representação.

Ao Ldo Alexandre dabrinhosa q ds guarde. As Marteis em Lisboa d flça a 16 d jugno 1602

Snor sobrinho dias ha não vi carta vosa nẽ novas do negoçio do sr pero barreto desejo ouvir o successo delle, e o q he de vos e que fazeis, este correio escrevo a felippa de brinhosa q deveria procurar virse pera caa pois o deseja, a molher de visorei de napoles e lhe diguo meu pareçer porq me tem escrito q se quer vir para caa folguaria q viese trazer algua cousa de seu, q lhe servisse pa depois de q por boa rezam de naturesa a de viver mais q eu, e depois de he necessario q tenha q viver, meus filhos os machos terão hũa capa e espada as femeas procurarei em breve ds querendo de as fazer freiras pa q fiquem abriguadas e q não ajam de pedir o pam a nimguem, o q ella não pode fazer. E trazendo de la algum abriguo sera asas hum de meus filhos q espero ds querendo q em breve se faça doutor em leis podendo fazerse cleriguo pa estar ella e acompagnar o fara, o outro quer ser mercante, q ds q todos os doutores sam pobres como he verdade estamos a ds graças de saude e este sam joam ds querendo minha filha Maria se veste freira e toma o abito em a ordem de sam bento. me custa 2200. crusados, e folguara q a outra fora boa de idade pera q fizese o mesmo em meu tpo. o sr ds vos guarde e dee tudo o q pode emcomendaime em m de vosa tia e irmã. voso tio Valerio brinhosa

o padre frei boaventura jaa

não esta em escarperia

he ido a outro convento

prior longe daqui 40 milhas


Legenda:

ExpandedUnclearDeletedAddedSupplied


Guardar XMLDownload textRepresentação em textoWordcloudRepresentação em facsímileManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases