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Maarten Janssen, 2014-

CARDS8038

1808. Carta de João Manuel de Lima, vereador, para António Vidal Ferreira Pinto, padre.

ResumoO autor agradece a disponibilidade do destinatátio para administrar certos sacramentos a seu pedido.
Autor(es) João Manuel de Lima
Destinatário(s) António Vidal Ferreira Pinto            
De Brasil, Maranhão
Para Brasil, Maranhão
Contexto

O capelão de Cururupú, o Reverendo António Vidal Ferreira Pinto, foi denunciado em 1813 por um lavrador inimigo, José Gonçalves Castelhano, enquanto culpado de uma série de crimes. O réu foi acusado de viver "escandalosamente amancebado durante mais de nove anos com Faustina Teresa, mulher casada com o alferes António dos Reis", e ainda "concubinado de portas adentro com a preta forra Maria Benedita." Disse-se ainda que era "muito remisso na administração dos sacramentos, como aconteceu com um homem branco, filho de Portugal, e com uma escrava chamada Iria do Padre António Alves Domingues", e também "um refinado negociante." Dava "conto e asilo a homens facinorosos e degredados, como um João Alves, homem de tão péssimo caráter que tem chegado a forçar algumas mulheres, dado pancadas" e era "costumado a apanhar cartas alheias para as abrir e ler e, por este meio, descobrir os segredos das famílias e dos particulares." Fazia "um notório e sórdido monopólio dos mesmos sacramentos, não batizando senão por mil e seiscentos réis, quando a esmola que recebe o pároco não excede a quatrocentos réis, e não assistindo ao sacramento do matrimónio sem que lhe deem três mil e duzentos réis." O autor do processo, no entanto, acusou também o dito padre de um crime mais banal. A 25 de setembro de 1812, o padre teria cometido contra si um "rigoroso furto": o roubo de um boi de carro, mandando-o matar "por dois dos seus agregados, com o pretexto de que tinha ido à sua roça", fazendo com que se enterrasse o coiro e a cabeça do animal "para que se não descobrisse o malefício" e conduzindo a carne para sua casa. Ao fim de um processo criminal que durou 6 anos, o capelão acabou absolvido.

Suporte um quarto de folha de papel escrito no rosto.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra J, Maço 3, Número 17, Caixa 11
Fólios 327r
Socio-Historical Keywords Rita Marquilhas
Transcrição Cristina Albino
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Rita Marquilhas
Modernização Rita Marquilhas
Data da transcrição2007

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Rm Sor Pe Antonio Vidal Ferra Amigo e Sor

Vi a carta que V R se dignou deregirnos a mim, e a meu conhado, cuja franqueza, e aumentar mais, e mais o meu debito, e assim os dezejos de lhe mostrar que sei ser aggradecido.

V R pr desmarcada benegnidade, nos asegura não lhe cauzar emcomodo o vir ademenistrar este sacramento Oratorio do sentro, porem ficando-lhe eu mto obrgdo pr esse offrecimento; sempre me rezolvo a mandalos , pa pla minha parte lhe poupár essa caminhada, visto não haver maior nececidade

Remeto a licensa do Rmo Vigario Dezejo-lhe todas as felecides e assim tãobem occaziãoes de lhe mostrar a emolação q tenho em o mais profundo respeito

sincero amo e João Manoel da Lima

Legenda:

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