Representação em facsímile
1576. Cópia de carta de Manuel Leitão, ex-guarda do Santo Ofício, para Álvaro Mendes
Autor(es)
Manuel Leitão
Destinatário(s)
Álvaro Mendes
Resumo
O autor agradece as ajudas prestadas durante o seu cativeiro, dá noticias do que com ele se passa e faz algumas recomendações sobre outros conhecidos.
e facame merce dizer aos sores amigos
q me não
mandem
nada atee q me não mãdem
dizer se ha algũa cousa
desa pobreza que
ficou onde sabem e q então
mandarei
pedir o q ouver mister
porq elles não me
estam em nenhũa
obriguacão senão por
suas bondades he vtude ho
queren fazer he
coando não ouver nada cõ trinta
rs
q me dão
me mãterei como lhe
qua fiz ainda q seja como
o trabalho q noso
snor sabe e en poder de quem
mto pouco lhe lembra isso se não aperearme
cada
vez mais como dira o portador. he q me
respondão
aos dous q lhe mãdei tantos
cerrados derradeiros
e disto folgarei vir logo
a reposta de vm. qua nam ha novas que lhe
mande mais
q este velhaco magarefe
de bezera foi os
dias passados chamado a
mesa pa reconhecer hum
homẽ ho que elle
chama o ãoRiquinho
q prenderão pouco ha
q veo de costaninopla e
q ha de fazer com
elle grande dano nesta
terra. he tambem
loguo como vm de qua for escreveo
mtas cousas
a mesa
q aqui passou antes
q o prendesem
e outras
mtas embrulhadas
q tem feitas de
q
agora não dou conta
porq não sei se se
enfadar a
vm com isso outro dia o farei se
me der
lca he tambem murmura qua
de
vm que lhe prometeo hum vistido e
q nam lho mando q como
daqui sair
q lhe ha de fazer hum ferro mas
vm lhe
dee hũa figua he não aja medo delle nẽ
veja nem vaa a sua casa nem de
nimgem
nem tenha com elle nhũa comversacão
porq he hum mao bargante bebado