Representação em facsímile
1832. Carta não autógrafa de Luzia Bela do Carmo para Joaquim Alexandre Gravelho, preso.
Autor(es)
Luzia Bela do Carmo
Destinatário(s)
Joaquim Alexandre Gravelho
Resumo
Uma mulher conta ao destinatário, preso em Elvas e seu antigo amante, como está a decorrer o seu processo e lamenta o facto de ele não a apoiar
pois tenho hido preguntare ho despaxo
a secretaria
da gustisa pois foi aonde sua
magestade me mandou pois hele propia
mente lho
emtreguei i hele propio me dis
e aonde avia de hire preguntare ho despaxo
no dia 18 fui audienca i me diserão q fose a
pe
nha de franca ho conde de bastos pois não te
paresa q heu estou em lisboa por devertim
ento pois se não fose hese
ho motivo ja esta
ria em elvas apezare de pasare hos me
smos trabalhos q pasei quando vim pa ca
mas ja pedi houtro
mes de licenca ho menistr
o i fuime empenhare com ho escrivão pa
me dare bom emforme pa ho menistro por
q
heu não tinha mais de q hum mes tu pe
ncas q ho q heu tenho mandare dizere
q he mentira
provera a ds q asim fose
algum dia em vendo hos meos papeis
emtão diras se he verdade ho mentira
pois bondão so
hos pasos q heu tenho dado
i ds queira q me sirvão de proveito pois
como tem sido pocos hos
trabalhos q tenho
pasado pa mor de ti faltavão mais hestes
mandasteme dizere q se pasares
algus emco
modos q he pa mor de mim pois heu i hos
mais tornamos a culpa a ti de tu fazer
es sertas couzas
asim como fizeste a note
de natale de levares a gurdisão atras de ti
i tu ainda em sima de te heu dare sertos com
selhos me querias dare ho
depois atão qua
ndo heu fui a caza do cruzidore querias q he
u lhe dese remedio mas ja hera ho tempo
das mas hora mas
em q te quizese valere