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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

[1822]. Carta de António para o seu irmão Januário da Costa Neves, oficial da Secretaria Militar do Exército.

ResumoAntónio escreve ao irmão pedindo-lhe que passe em sua casa.
Autor(es) António
Destinatário(s) Januário da Costa Neves            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

Processo movido em 1822, na sequência da revolução liberal, aos protagonistas de uma tentativa contrarrevolucionária. O Diário do Governo dava conta da forma como o evento foi compreendido pelo poder estabelecido (edição normalizada do Diário do Governo, n.º 129 (Suplemento) 2 de junho de 1822.): «Acharam-se finalmente provas irrefragáveis da verdade com que o Ministro da Justiça expôs ao Soberano Congresso a necessidade de uma extraordinária autorização, que lhe foi concedida, para segurança pública e da Santa Causa da Pátria. Os malvados anarquistas e ambiciosos conspiradores maquinavam nada menos do que barbaramente ensanguentar a nossa feliz Regeneração, cobrir de luto a Pátria, depor o Rei e derribar as Cortes! Porém abortaram todos os seus nefandos projetos; descobriu-se a conspiração, e, na noite de um para dois do corrente, foram presos pelo Corregedor da Rua Nova os principais instrumentos da conspiração, ao mesmo tempo em que da Imprensa da Rua Formosa, chamada a Liberal, iam levando para espalhar grande número de incendiárias e infames proclamações [...]. Os presos, 'atégora', são: Francisco de Alpoim e Meneses, que se ocupa em tratar negócios de sua casa [...], Januário da Costa Neves, Cavaleiro da Ordem de Cristo, Oficial da Secretaria Militar do Exército [...], Manuel Ferreira, criado de servir [...], João Rodrigues da Costa Simões, aprendiz de composição em uma 'typografia' [...]"».

Entre a correspondência apreendida aos presos, figuram algumas cartas particulares e de amizade que aqui se editam.

Suporte meia folha de papel dobrado escrita na primeira face, e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra G, Maço 1, Número 31, Caixa 5, Caderno [21]
Fólios 8r
Transcrição Cristina Albino
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização Cristina Albino
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page 8

Sor Mano

Dizeme como passaste por Cintra, e como esta a Comadre e os Pequerruchos, pois q não posso ir pessoalmte saber de tudo isto, porq estou tomando um purgante, q me cauzou hontem algum incomodo, e me obriga a estar em caza; porem se saires esta tarde e fizeres caminho por aqui, terei nisso mta satisfação para versalharmos sobre os grandes assumptos q o tpo vai deparando, e q vão asombrando mto Papão. Recomdes mtas a Come, e q recebi o outro quarteirão de Laranjas q são boas, e ja conto 50 q pagarei a vista e em bom metal

Sou mto teu Ao Antonio

Se tens algum Regulador ou coiza q mereça lerse emprestame.



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