O autor confessa-se perdidamente apaixonado e tenta combinar forma de se encontrar clandestinamente com a destinatária.
Ma supirada prizão
Tão longos me tem parecido os dias em q não tenho tido
a felicide d abracarte que duvido q ma al
ma possa com a soidade q tu me motivas, sim
debalde clamo e suspiro pr ti tu não ouves
nem ves os meos suspiros meos gemidos
e mas enternecidas lagrimas! ah! eu amo
te no mais vivo do meo C nada me apraz e
alegra na tua auzencia, mas ai de mim
talves q tu vendo a impossivillide que tens
em falarme calques aos pes as mas lembranças
o meu C e athe o amor q me tens jurado, mas
ai ma adorada Esp se assim he não me escrevas
pq as tuas Cartas são hum veneno de amor
que ensensivelmte se me introduzem nas
veias e me consomem, ah eu não quero pencar nis
to deixaime funestas lembranças, triste pen
camto e, hum C magoado deixai de per
seguir este infelis: fado cruel athe quan
do experimentarei o teo fero e rigor U. uni
co objecto da ma memoria ah! se me não
amas foje do meo pençamto e não augmen
tes mais a ma dor; e tu morte velozmte
apreça teos vagarozos passos corta de hua
ves o fio a mais penoza vida de hum dis
graçado U. ma linda U. tu hes a unica cau
za e origem dos meos suspiros tu hes aquella
pr qm meos olhos jamais deixarão de verter
copiozas lagrimas nem os meos enternecidos