Representação em facsímile
[1500-1599]. Carta de Palleiron para a sua comadre.
Autor(es)
Palleiron
Destinatário(s)
Anónima31
Resumo
O autor dá conta à sua comadre, ao que parece residente em França, de que chegou bem a Lisboa, apesar de o navio onde seguia ter sido “destroçado” por espanhóis durante a viagem. Em consequência, foi forçado a seguir para Portugal dissimulado em hábito de peregrino. Pede também a entrega de diversos recados e informações comerciais.
joam e a
mr
mygel danneus e lhe cõtara
a maneyra como fuy trazido a esta tera
eu
escrevo ao sõr almỹrãte e o aviso do
q
qua pasa e
q avise a elrey tãobeem e
q
escreva ao mayre da rochela
porq lhe pareçe
q eu sou vimdo por minha vontade minha
amiga eu
espero cõ ajuda de ds
q ele nos
dara boũa furtuna de todos os males
pa
sados eu vos rogo q façaees boũa
chira
e nõ tomes payxõ porq o caso vay
milhor
do q evydã os
q nos ham emveja nõ fa
leçaẽes de me
escrever bem cõpridamẽte de
todo o q la pasa e se
ouve grãde mal de
morte ẽ geeral. emcomẽdaime a
todos
nosos boũs amigos e dires a meu cõpadre
joã o frade q eu vy a seu filho e a sua
fa
no porto a quãl ouve hũm filho
mto fermoso
o
sõr embaxador se recomẽda bem a vos
e ao filho
rogãdo a deus minha amiga q
vos tenha ẽ saude de
lixboũa a xii ds de
setẽbro. mãdayme do vinho q o vinho
val aquy a
dez ducados a pipa e aỹda nõ
podem acabar quẽ trouxera myl tonees
eles
forõ aquy despachados jamaes ouve
tãta neçesçidade. o boysu de trigo de la
mesmo
da rochela valeoo a bxx
rs e agora val a x.
Voso como Vdadeyro amigo
Palherõ