Representação em facsímile
1822. Carta não assinada, atribuída a Bartolomeu António Lobo, para Frei António de Alpedrinha.
Autor(es)
Bartolomeu António Lobo
Destinatário(s)
António de Alpedrinha
Resumo
O autor provoca o destinatário dando-lhe conselhos sobre o teor dos seus sermões.
q he tempo de se mandarem; e de deixarem
o despotismo, q não deixem de cumprir os Acor
dons q eles mmos, fazem só com o fim de enga
narem o povo; e outras mtas couzas q por mo
destia omito
Deve mais fazer saber as
Suas Sas q tambem sabemsabe o povo, ainda
q rustico, fazer destinção de pesoa de bem, a hum
bebado, mas tambem sabe q ser homem
de bem não consiste só em ter mto q comer, he
necessr não dar ocasião a q o rustico lhe não fal
te ao respto respeitando sempre o decoro de
suas nobrezas claras: mas como não ha de
hum povo rustico e ignorante clamar alta
e poderosamte vendo as suas searas comidas
por porcos e ovelhas, dar coimas hum dia
e absolvelas n'outro, e qd mto condem-na al
m desgraçados. Ora huma Ja asim so no
Inferno. Se este miseravel povo se visse go
vernado como deve ser ja não haveria pasquins nem
clamor publico; portanto a emend de todas estas
cousas tambem he da N Constam q espero va
pregar amanhaã, estes são os sentimtos
do povo q nele bom efeito lhe dará o agra
decimto e bom será levar este sabonete
q também he da N Constam
Seu mto venor
Hum certo constitucional