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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1620. Carta de Rui Fernandes de Castanheda para Simão Barbosa de Castro, seu advogado.

Autor(es)

Rui Fernandes de Castanheda      

Destinatário(s)

Simão Barbosa de Castro                        

Resumo

O autor suplica ao seu advogado que lhe dê instruções sobre como agir pois foi preso e quer-se confessar à Inquisição.
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Agora sabera Vm as mais tristes novas que se podem immaginar do mais dezaventurado triste homẽ q nũca nasera e he q por ocazião da mal aventurada de minha mai e fas e parentas sendo eu tão zelloso da ffe e tão bom cristão quãoto cristo Jhs sabe me foi forsado irme em trasgos de caminhro cobrar precatorio q tinha dos contos a sãotiago de galiza hũs i00V rs pa dahi ir a madrid, q me inportava etta chegando a caminha q são perto de 70 legoas de Lxa fui en ora q não devera a caza de escrivão pa mo reconheser e indo de noite comesou de me fazer pergũtas e vendome embarasado olhandome pa o rosto entendendo q vinha fogido posto q disfarsado em abito de caminhro me levou a caza do ouvidor o qual as pergũtas q me fes em q eu cõfesei na verdade de meu nome tera e pais e mais porq comfesei ter rasa da nasão me mandou a cadea caregado de feros ate aviriguar e saber dos inquizidores se vinha de bom tto ou não e asi estou dezaventurado dormĩdo no chão como quão caregado de feros sem comer pa ver se poso acabar esta triste vida por não verẽ meus olhos taĩtos males e afrontas incriveis pois tãoto q agora avizarẽ me farão ir prezo en feros de villa en villa como por pro foi meu sor Jhs Cristo quẽ me cõsolo, mas elle era deos e eu baro mui fraco e sobretudo mui enfermo e cãsado de trabalhos



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