Representação em facsímile
1822. Carta anónima, assinada com o pseudónimo Pedro Leal, para António Isidro da Costa.
Autor(es)
Anónimo575
Destinatário(s)
António Isidro da Costa
Resumo
O autor ordena a entrega de dinheiro na prisão do Limoeiro; em troca, promete poupar a vida do destinatário e da família. Envia também uma cautela para ser usada aquando da entrega do resgate.
e sera entregue ou em sua Caza ou em qual
quer fra ou parte, q nos encontrarmos, ou ao Seu
Criado moláto, q eu sei q VaSa fás toda aceitação
delle, e VaSa mande esta soma sem falta algua
porque VaSa ha de ser entregue delles, sem falta
e não tinha duvida alguma pa as mandar, porque
não qeira pello pouco perder muito, porque qdo
não ariscasse a perder a vida, porque apezar dos
dos meus Camaradas estarem, prezos ainda ficamos
vinte e sette soltos pa nos vingarmos de VaSa no Caso
q as não mande, e VaSa mandandoas pode dormir
discançado q não lhe ha de acontecer couza algua
e veja no que se mete, ou mandallas ou perder a Vida
pois agora VaSa pode Valerme aos meus Camaradas
e aqui não tem disculpa nenhua a darme, espero q
mande ssem falta e venhão em Ouro, podendo ser, e não
sendo em ouro Venhao em pratta mas venhão em
Cartuxadas, isto sem falta e debaixo de todo o segredo
e as mandará entregar, a Antonio Gonçalves Soáres
q esta prezo na Enxovia das Cadeias da Cide no Li
moeiro, Chamando por elle em segredo, as horas
da Ave Marias e elle, pa sinal de ser o proprio, lhe
entregara outra Cautella tal e qual a esta q
remeto a VaSa, q o do Anto Gonçalves soares, dipois
mas entregará a mim, e veja no que se mete