PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1629. Carta de Maria Pinta para a irmã, Isabel Pinta, e para a mãe, Catarina dos Reis.

ResumoA autora queixa-se à mãe e à irmã das torturas que sofreu no cárcere. Mas também as sossega contando como conheceu uma amiga.
Autor(es) Maria Pinta
Destinatário(s) Isabel Pinta       Catarina dos Reis      
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Lisboa
Contexto

A ré deste processo é Maria Pinta, acusada pela Inquisição por judaísmo, sendo presa em Lisboa em 1626. Foram presas ela, Isabel Pinta, sua irmã, e Catarina dos Reis, sua mãe. Em março de 1629 a ré vai a tormento e a seguir a essa sessão de tortura é mudada de cela. Como partilhava a anterior cela com a irmã, mãe e mais quatro mulheres, queria enviar-lhes bilhetes a dizer como estava através do carcereiro. A forma que conseguiu para o envio foi dizer ao carcereiro que tinha trazido da anterior cela o manto de uma das companheiras e que tinha lá deixado o seu, pelo que pedia a troca dos mesmos. Ao fazer o carcereiro a troca, o alcaide do cárcere desconfiou da manobra e descoseu as bainhas, encontrando os bilhetes e entregando-os à Mesa da Inquisição.

Os bilhetes contidos neste processo estão transcritos a partir do fólio 55r.

Suporte um pedaço de papel escrito dos dois lados.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 5607
Fólios 54vA-B
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2305639
Transcrição Mariana Gomes
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Mariana Gomes
Modernização Clara Pinto
Data da transcrição2016

Page 54vA > 54vB

minhas sras e qiridas desta alma, não vão palavras bastantes pa poder manefestar de quanto tromento me seria sua auzensia mais q afirmar a Vm asin ds me mostre o q desejo q esa so foi o mair tromto q senti q por ca q o me derão não foi peqeno não no sinti em cõparação do apartamto de minhas mais dos meus olhos mas como a frutuna me tomou a sua conta pa me prisigir ate amordasada não não me pudia durar tanto alivio porq eu o não mirisia emfin foi remate de meus males, eu minhas manas fui a tromento e me subiran duas vezes ate o mio q são mais emmencas dores do q se pode enmaginar mas como cristo nosso sor e a virgem sagrada estava comigo fez me merse ajudarme e dar animo por des molheres con q o pasei mto ben inda q deu desmaio mas pacou logo, quando vin logo dise o alcade q este era o maior tromento q me pudião dar suposto



Representação em textoWordcloudManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases