PT | EN | ES

Menu principal


Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1597. Carta de amor de Duarte Rodrigues Braço de Ouro, mercador, para a noiva e prima, Beatriz Rodrigues.

ResumoO autor pede à noiva, sua prima, para ir sem demora para Bordéus, para junto dele. Conta-lhe como sonhou que já estariam juntos. Pede-lhe que leve várias encomendas, sobretudo vestimentas e jóias.
Autor(es) Duarte Rodrigues
Destinatário(s) Beatriz Rodrigues            
De França, Bordéus
Para Portugal, Castelo Branco, Monforte da Beira
Contexto

No momento da detenção, a 27 de novembro de 1597, de Simão Rodrigues, cristão-novo, de trinta e oito anos, natural de Évora e residente em Bordéus, este «deitara» um maço de cartas na loja do procurador Manuel Gomes. Uma mulher, referida como «uma negra da casa» de Manuel Gomes, entregou-as a Maria Serrão, viúva e moradora em Lisboa, para que esta as entregasse ao Santo Ofício. Esta última deu-as a João Mira Pinheiro, que, a 29 de novembro de 1597, as entregou na Mesa do Santo Ofício. As cartas encontradas na loja do procurador eram todas da autoria de Duarte Rodrigues, residente em Bordéus, e tinham sido trazidas para Lisboa por Simão Rodrigues.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita nas três primeiras faces e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 4512
Fólios 71r-72v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2304498
Transcrição Teresa Rebelo da Silva
Revisão principal Catarina Carvalheiro
Contextualização Teresa Rebelo da Silva
Modernização Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2015

Page 71r > 71v

Snora amada querida prima da mynha Alma e dos meus olhos e da mynha vida e do meu corasão e das minhas amtranhas amigua mynha da mynha Alma querovos dar comta de mym como esta madruguada por vida vosa e minha amem asi eu vos veja nos meus bracos e na mynha cama em mynha caza sonhava comvosquo que me mãodaveis huma emcomemda da vosa mão eu a fuy a descozer e fuy dar em hum lemso que vinha cozido aomde hachey duas moedas d ouro que valyão dous mil e quatrocemtos Res eu não creo em nhum sonho nem em aguouro senão em ds todo poderoso que vos a de trazer diamte dos meus olhos e não me a de comer a tera ate vos ver diamte dos meus olhos com muytos guostos e comtemtamentos he vos ey de ter na minha cama e nos meus bracos descamsadamente sem sobresalto de voso pay que me não diguais aquela porta esta aberta com ho sobresalto que tynheis com o medo de voso pay que se ele fora outro pois vos cazou comyguo ele vos ouvera de dizer vay te deitar com teu marydo pois vosa may e mais ele vos cazarão comygo por sua livre vomtade que vos não vos cazastess a furto deles e bem vos lembra vos dava vosa may de bofetadas porque me não daveis hum bejo e me fazies a vomtade em tudo Isto he verdade asi nos vejamos jumtos para vos calsar humas botynas da minha mão sem sobresalto de voso pay com descamso levamtamdovos da nosa cama ds o queyra



Representação em textoWordcloudManuscript line viewPageflow viewVisualização das frases