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Maarten Janssen, 2014-

Representação em facsímile

1699. Carta de Vicência do Rosário para destinatário não identificado, membro da Inquisição de Lisboa.

Autor(es)

Vicência do Rosário      

Destinatário(s)

Anónimo555                        

Resumo

A autora denuncia uma forneira por suspeita de feitiçaria. Conta em detalhe tudo quanto lhe ouviu dizer e viu fazer quando, transtornada pela morte da filha recém-nascida, quis descobrir como isso tinha acontecido.
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em o mes de setenbor ou outubor de seissentos noventa e seis me susedeu por causa d uma doensa q tive ter hũa pouca de roupa suija e pela querer guardar andava pirsiguindo a lavandeira q ma lavase antes q emtarse o inuerno e ela me disia que não achava sĩnsa q pidise eu a minha forneira q ma vendese e q logo ma lavaria eu vendo isto por não ter cirada q mandase e ser uso no meu bairo hirem as visinhas em casa hũas das outars com libardade fui eu dia as tirndades com pausinho na mão a casa da forneira a casa diserãome q estava na eira q esta atars da parede das casas fui la ter com ela acheia asentada a par d um monte de ispigas de milho com hũa minina q tinha de poucos meses mitida na saia eu asenteime a par dela q fasia mto luar ali istivemos falando pouco e eu disendo q quiria me vendese hũa pouca de sinsa pa mandar lavar hũa pouca de roupa e hũns colxois antes q chovese ela dise q não ma pudia dar aqueles dias porq lha tinham pidido mtas pesoas rogueilhe mto q vise se ma pudia dar ate sesta fra mas o dia em q falei não me lenbar e dia dispois q falei com ela ouvi diser q lhe morera aquela ciransa q lha matarão as bu burxas tambem me não lembar



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