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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0291

1691. Carta de Rui Gomes Raposo, vigário, para António Ferreira Baião, prior e comissário do Santo Ofício.

ResumoO autor relata ao prior o caso de um bígamo.
Autor(es) Rui Gomes Raposo
Destinatário(s) António Ferreira Baião            
De Portugal, Santarém, Azinhaga
Para Portugal, Santarém, São Mateus
Contexto

Este processo diz respeito a António Francisco ou António Rodrigues, natural de Sirol (Leiria) e morador em Azinhaga (Santarém), de 50 anos, trabalhador acusado de bigamia. Filho de Miguel Francisco (carpinteiro) e de Maria João ou Maria Fernandes, o réu casou com Catarina Francisco e depois com Maria Monteiro. Esta denunciou o réu ao padre vigário de Azinhaga, Rui Gomes Raposo, declarando ter ouvido dizer a muitas pessoas que o seu marido já era casado e que a sua primeira mulher estava viva, pedindo, assim, que o vigário prendesse o marido antes que ele fugisse.

O réu alegou que desconhecia que a sua primeira mulher estivesse viva, dizendo também que não se tinha casado uma segunda vez. O padre Rui Gomes Raposo enviou três cartas por um portador ao comissário e prior António Ferreira Baião: uma carta juntamente com uma certidão, em que o mesmo portador certificou ser viva a primeira mulher do réu (PSCR0291); uma segunda carta, em que se fala da fuga do réu da prisão, possivelmente para Leiria (PSCR0292); e uma terceira carta, em que se fala da prisão do mesmo réu (PSCR0293).

Em auto-da-fé de 8 de janeiro de 1693, o réu foi condenado a abjuração de leve, cárcere a arbítrio, penitências espirituais, a ser açoitado publicamente pelas ruas de Lisboa, ao degredo para as galés por sete anos e ao pagamento das custas.

Suporte meia folha de papel não dobrada, escrita no rosto.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 6382
Fólios 6r
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2306430
Socio-Historical Keywords Maria Teresa Oliveira
Transcrição Leonor Tavares
Revisão principal Catarina Carvalheiro
Contextualização Leonor Tavares
Modernização Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2015

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Sor Meu folgo q Vmce passe con saude a qual pergunto por ella a todos os q vem dessa terra.

Eu tenho prezo homẽ nesta cadea por me dizer a molher com que elle esta cazado, a qual dis q tem sua pra mer viva e o portador deste dis o mesmo e foi a sua terra por pte della a tirar e correr os banhos e a elle pode Vmce examinar e por via da da mer fis a prizão Vmce mandara o q for servido e eu sempre ficarei a sua or-dem e que Des gde Azinhaga 21 de 7bro de 692

Catvo de vm Ruy Gomes Raposo

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