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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0613

[1770-1772]. Carta de Bernardo da Silva do Amaral, padre, para Tomásia Isabel Gonzaga, filha de desembargador.

Autor(es) Bernardo da Silva do Amaral      
Destinatário(s) Tomásia Isabel Gonzaga      
In English

Letter from Bernardo da Silva do Amaral, a priest, to Tomásia Isabel Gonzaga, the daughter of a judge.

The author begs the addressee to try and recover, to start eating, and to stop being impertinent to her mother. He promises to help her to be free.

Father Bernardo da Silva Amaral was a priest who lived in Pernambuco (Brazil), although he was born in Lisbon. He was arrested in Recife in 1772, when he was 46 years old, under the suspicion of having made heretic propositions and of abusing women ("solicitação"). Several women testified against him. They said he used to teach that neither kisses, hugs or caresses were sins, they were rather a way of serving God, so he kissed, hugged and caressed them. He was accused of going to bed with several of them, sometimes mother and daughter at the same time, and was also seen bathing with them. Most of the private letters used as exhibits against him were exchanged between this priest and the mother and daughter pair. The letters exchanged with the mother are partly in cipher, but the court could not force the defendant to explain how to decode them.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

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A Sra D Tomazia Iza bel, Gonzaga mto ma sra a qm Ds gde ms ans Ma Sra D Tomazia Izabel Gonzaga

Aos pes de Vmce me chego, ainda q com pouco conhecimto, sempre animado por ser sra, cujas prendas tendo ouvido louvar mto, e por ser filha de outra sra a qm em N Sr amo, qto não sei explicar. Não ha couza neste mũdo, q não tenha remedio: não ha mal q sempre dure: confeço, e estou mto bem informa-do do mto q nesa caza padece. eu o sei mto bem de verde, e sinceramte lhe confeço, q a ser ja conveniente, eu mesmo fora, qm com a sra sua Mai, fizera tod as deligas pa dahi a tirar. porem tudo tem seu tempo, e rezoluçoens apre-sadas são precipicio certo. Veja q em peito nobre, como o seu, não dizem bem vilanias, e menos lhe estão bem inconsiderações. Disfarçar he bizar-ria, e generozide de animo. Desfarce por pouco, coma, disimule, q Ds he grde, entretãto se podem dar ordem aos meyos pa o seu alivio. A mim me tem, pa qto lhe poder servir com aquela vonte, q em seu mesmo Pai experimentaria. Não desdoure com açoens de dia o credito, e louvores, q com a sua nobreza, e bela indole toda vida tem grangeado. Pondere a suprema, e infinita Mage de Ds S N, q creou a vmce aos Anjos, a todo mũdo irado contra vmce, q pode tomar vingança das injurias, q vmce a sua mesma Mai está fazendo, q Ds toma por seus os agravos feitos a Mays. Espero de vmce, e do seu generozo animo me não falte, ao q lhe peço prostrado a seus pes, e vem a ser, q coma, q de gloria a Ds; confuzão a satanas, e espere pouco, q Ds descubra meyos eta de se ver livre desa caza.


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