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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0072

1595. Carta de Henriques Pereira Tenório, mercador, para Afonso Fidalgo, seu sobrinho.

ResumoO autor escreve ao seu sobrinho dando-lhe várias notícias da família e dos negócios. Espera em breve poder vê-lo.
Autor(es) Henrique Pereira Tenório
Destinatário(s) Afonso Fidalgo            
De Portugal, Lisboa
Para América, Brasil, Pernambuco, Olinda
Contexto

Afonso Fidalgo, mercador em Olinda do Pernambuco, foi acusado de judaísmo durante a visitação do Santo Ofício ao Brasil. Foi preso por ordem do visitador, Heitor Furtado de Mendonça, em julho de 1595, e enviado para o cárcere de Lisboa. A presente carta encontrou-o já sob prisão, tal como indica um apontamento processual no final da carta, que diz: "Estando Afonso Fidalgo, preso veio esta carta para ele e ajuntei aqui. veja-se."

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita em todas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Coimbra
Cota arquivística Processo 11743
Fólios 8r-9v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2311939
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcrição Tiago Machado de Castro
Revisão principal Rita Marquilhas
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Clara Pinto
Data da transcrição2016

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Pa o sor Afonço fidalgo pra e ẽ sua ausencia ao sor Mel lopez homẽ e elles ẽ pernãbuqo lxa a 8 de julho de 95 Sor

20 de Maio foy nosso sor servido de levar pa si a meu iro Ro lopz pra vosso tio. e dentro de 12 dias me veo a triste nova q fiqey tal q lhe affirmo q cuidei de perder a paciencia asim po se me cumpre juntar o quão desemparado morreu de todos os seus como po ver o amparo de sinqo orfãos q deixou e não isto tão rodeado de trabalhos E as desaventuradas novas da tomada desta terra q me espantei como não acabei tambem. Mas como tudo isto são cousas ordenadas po deus não tenho outro refugio maes q darlhe graças cõtudo queira ele po sua Miza darlhe gloria a sua alma e remedio a seus fos Miza dos q qua ficamos. e certo modo ẽtendo q lhe fes deus M ao bem aventurado de alma po si poq elle cada dia Morria e deus dos trabalhos de q q não estava elle mto e asim morreu deus lhe de o çeo. Mto eu tenho esses meninos pa os ter comigo. e espero po elles este mes bo ra tragaos deus paz. e fico cuidado athe virẽ allgũas novas dessa terra. pa saber de vos e de vossa saude queira deus tervos da sua sa Mão e avervos livrado desses trabalhos e livrarnos dos maes de q eu estou bem aresisto athe estas couzas quaa serẽ de todo findas a q deus queira dar o fim e termo q dezejamos, acudindonos sua Miza. e bem folgara eu q estivereis jaa fora de perigo e de modo q vos podereis vir aquietar nesta cidade pa q me ajudasseis poq eu não posso tanto. mas quereraa deus pornos tudo bẽ q vos tenha junto comigo pa ambos podermos remedear a todos estes orfãos-

Mel partio abril pa Gine seu tio e hia mto bẽ desposto e hera po aver estado jaa doente duas vezes fação espero novas de aver chegado laa paz e de ro fidalgo tambẽ tragame deus po quem hee eu ẽcomendo mto a Agostinho pra q tenha mta conta ro fidalgo e o faça emẽdar de seus viçios e q o faça metter no negoceo da terra pa q elle posa ficar laa algũs annos se elle for pa isso poq le aproveitarẽ a si e a nos e seu tio deve trabalhar po o fazer asim poq elle me avizara agora do cabo verde q deste recebi q lha mãdasse todas as pa q o queria fazer homẽ e a Mel q o mande logo a estar algũs annos laa na casa de Jorge fidalgo q o averaa como fo e hiraa a fazendo e a aprẽdendo os negoçeos da terra. queira deus a todos e darlhes remedio da sua Mão de dyo folgara de saber novas e q se não acabara de perder. - de novas de quaa vos não dou poq não estou pa isso vosso tio Graviel paes queixasse mas esse foy sempre seu custume. temos mtas gerras quaa e haa armadas pelo mar guarde deus nossas cousas todas - - Gar loz isto segredo tem tomado cõselho de tomar po parente esse sobrinho de lla e fas bẽ poq o hee ser tudo de caza e se deus me daa vida o mesmo determino eu de fazer a da terceira e asim o avizei jaa a seu pai e a elle lhe pareçeo bẽ. e das q ora vẽ da ilha tambẽ. escolha lhe deus o melhor e ordene tudo pa seu serviço.-

ao sor Mel lopes q não escrevo po não andar pa isso q aja sua M esta po sua. e q nas duas urcas q vão do Pto vão duas tonelladas cada hũa pa sua M laa carregar po minha conta como lhe tenho avizado. e q na ilha as mandei carregar de vos de q de lla se avizaraa a sua M E q lhe ẽcomẽdo q me mãde bõs asucares. e q podendo ser todos brãcos folgaria e q outra caravella de alfama q os sores seus tios tem fretado pa hir da ilha primcipio de outubro bo ra tenho tambẽ tomado outras duas tonelladas de hida e vimda e q avendo laa urcas não deixe sua M de me hir mãdãdo os caixoens q poder todas ellas poq haa po quaa mtas necessidades e ẽcomẽdelho elle tambẽ da sua parte- e quereraa deus aver levado paz ao navio de Anto Ruiz onde hião 15 pipas de vo q se deus as livrou dos ingreses devião de ser laa boa fazda pa ajudarẽ a suprir as perdas queira deus avelo livrado de maos ẽcontros-

po amor de Mỹ façais po ver se me podeis aver algo disso q laa deixou ro fidalgo da primra ves. poq todos teem algo e soo eu ainda não tenho nem soo real como vos diraa o sor Mel lopz. e agora tenho maes necessidade disso q nũca e tambẽ vos lembro q tenho quaa dado algũ dro a Morais a ta do credito q lhe destes do que laa lhe ficaraa. pelo q lhe dai isso q laa tẽ e venha a meu poder pa q me possa eu pagar do que lhe tenho dado Graviel fica bẽ e ainda sem capa. deus lhe de o q lhe eu desejo. e poq de outro não serve noso sor vos de tudo o q desejais e vos traga bẽ diante dos meus olhos e remedio Ma roiz e izabel e violante pra q estaa nesta casa vos beijão vosas maos e cõtanto xpo todos -

vosso tio e mto amigo Henrique Pra tenorio

Legenda:

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