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Maarten Janssen, 2014-

PSCR0021

[1554]. Carta de Francisco Martins, padre, para destinatário anónimo, contador.

ResumoO autor dá conta de diversas notícias familiares a um conhecido seu, que trata por contador.
Autor(es) Francisco Martins
Destinatário(s) Anónimo303            
De S.l.
Para S.l.
Contexto

Apenso ao processo do padre Francisco Martins encontra-se um curioso caderno, ou capa, tal como nos sugerem as imagens. Contém diversos fragmentos em hebraico; notas que parecem ser de pagamentos; versos em português e italiano arrumados em colunas. Foram escritos por diversas mãos, com diferentes tonalidades e tipos caligráficos, muitas vezes sobrepostos. Neste conjunto, identificaram-se duas cartas truncadas, aparentemente da mesma mão. O processo em si parece desconexo deste caderno.O padre Francisco Martins foi acusado de proposições heréticas, na sequência de um diálogo público à porta do estabelecimento de Baltasar Gonçalves, ourives de ouro, o que lhe valeu a denúncia ao Santo Ofício. Já no cárcere, o mencionado padre voltou a envolver-se em novo diálogo, com as mesmas consequências. Entre outras penas, foi suspenso do sacerdócio. Em nenhuma parte deste processo é referido o caderno de onde se retiraram as cartas, além de que o conteúdo deste é dissonante com toda a informação processual.Assumindo exclusivamente o interesse nas cartas, sempre que nos parece adequado atribuimos, com marcada conjetura, a sua autoria ao padre Francisco Martins.

Suporte uma folha de papel escrita em ambas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 2262, Caderno [1]
Fólios 44r
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcrição Tiago Machado de de Castro
Revisão principal Rita Marquilhas
Modernização Catarina Carvalheiro
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2013

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Snor Contador

Hesta escrevida sem esperar pella de Vmce a qual se vier estimarey venha numçiando boas novas de Vmce e de sua saude: o q mto estimarey: Nosso Senhor lha pa emparo do meu sobrinho de quem tenho mtas saudades em Companhia de quem Vmce dezeya. Eu de saude fico Ds louvado e com ella ponpta ao q Vmce me ordenar de seu gosto. Senhor Ahy vay a Ropa pesso a Vmce pello amor de Ds ma emvie mais depressa q puder E vay essa Carta com essa Ropa façame Vmce favor emviallá a Pedro de Mattos VCainho q he do seu filho E q ficou qua por esquicimento pesso tambem a Vmce q com esta Ropa me emvie huma Canastrinha de uvas da vinha ou de marmellos e me mande dizer, se se foy nella maloas o q Vmce me podera fazer novo Com hum par de melois Ou mandar me huma duzia de malancias q o q ellas custassem Eu o satisfaria a Vmce qdo nos viçemos q Creio não se a de pasar tanto tempo como se tem passado athe aqui porq desta sancta Caza ja estamos despachados e não nos detem mais q hum Seguro Real de sua Magestade pa q a justissa secullar não emtenda comnosco histo he o q nos detem nestas cartas guarde Vmce todo o segredo porq asim emporta desta Não fassa Vmce participante mais q a minha Prima Marguarida q estivesse saude e de mais a quem


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