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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1545

[1702]. Carta de Jorge Mendes Nobre para um destinatário não identificado.

ResumoO autor queixa-se ao destinatário de ter sido tratado com descuido, pois este não lhe enviou o dinheiro dos seus negócios, e pede-lhe que lhe envie um trespasse rapidamente.
Autor(es) Jorge Mendes Nobre
Destinatário(s) Anónimo507            
De Portugal, Lisboa
Para
Contexto

O réu deste processo é Álvaro Nicolau Nogueira, homem de negócios morador em Lisboa, preso pela Inquisição por judaísmo, em 1704, juntamente com as suas três irmãs. O seu processo abre com uma longa carta de defesa, entregue à mesa da Inquisição pelo padre João Ribeiro em Agosto de 1704, acompanhada por três folhas com missivas várias que deviam servir para corroborar certas afirmações feitas no ponto 16 da mesma. Segundo esse ponto, os irmãos Jorge Mendes Nobre, advogado, e Diogo Mendes Sola, capitão dos cavalos, também presos pela Inquisição por judaísmo e testemunhas contra o réu, eram inimigos de Álvaro Nicolau Nogueira e do seu cunhado, Francisco Mendes de Castro, também homem de negócios em Lisboa. Os dois irmãos tinham-lhes pedido fiança várias vezes, mas como não pagavam o que deviam, Álvaro Nicolau Nogueira e Francisco Mendes de Castro deixaram de aceitar os seus pedidos, cortando relações com eles. As primeiras quatro cartas inclusas no processo referem-se, diretamente, a esta situação. Na primeira (PSCR1545), Jorge Mendes Nobre queixa-se a um dos acusados, não identificado, de que este não lhe enviara dinheiro. A segunda carta (PSCR1546) contém uma queixa de José Manem, mercador de Lisboa, dirigida a Francisco Mendes de Castro, afirmando que Diogo Mendes Sola lhe devia dinheiro. A carta foi remetida a Diogo Mendes Sola, como comprova o escrito de Francisco Mendes de Castro, na mesma página (PSCR1547), e aquele respondeu no verso da carta de José Manem, confirmando a dívida e tentando justificar-se (PSCR1548). A última carta deste processo foi escrita por Heitor Furtado de Rebelo a Francisco Mendes de Castro (PSCR1549) e serviu para provar que o destinatário era inimigo do capitão dos cavalos, pois, a certo ponto, o autor afirma que lhe enviara uns papéis por intermédio de Diogo Mendes Sola mas que este não os entregara, por estar de relações cortadas com o destinatário.

Suporte uma folha de papel escrita numa das faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 9103
Fólios 18r
Online Facsimile digitarq.arquivos.pt/details?id=2309239
Transcrição Maria Teresa Oliveira
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Maria Teresa Oliveira
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

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Sr Meu. Nunca entendi q vmce uzase comigo os descuidos q agora esperemento e digame a rezão porq me não tem remetido aquelles tostois dos despos não sendo seos nem couza q vmce ha de desembolçar e façame favor de me mandar hum trespaso daquella cauza na forma q vai ese rescunho q tenho ajustado com ese amo ese nego e importa q seja hoje a q suponho vmce não falta porq me fas hum gde danno Ds a vmce gde caza 4ªfra eta.

Servo de vmce Jorge Mendez Nobre


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