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Maarten Janssen, 2014-

CARDS0242

1821. Carta de Francisco de Alpoim e Meneses, negociante, para Francisco António Borba, [seu solicitador].

Autor(es)

Francisco de Alpoim e Meneses      

Destinatário(s)

Francisco António Borba                        

Resumo

O autor dá instruções ao destinatário sobre uma penhora de bens como forma de obter as quantias de dinheiro de que necessita.
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Snr Francisco Anto Borba

Amo e Snr Rce a sua q mto estimarei; e vejo o q me diz a respto da pinhora; acho tudo mto acertado; mas lembro-lhe somte q os generos q pinhorou não podem chegar pa pagamto da divida, pelo preço actual delles; pois q sendo esta de trezentos mill rs o producto dos generos embargados julgo q não chega pa isso; porem o remedio he facil fazendose novva pinhora, no cazo de não chegar. O meu Procurador no Porto, he João Ferra de Nováes Ribro, ao qual escrevo hoje pa q se corresponda com Vmce, se assim for percizo; portanto sendo necessario pode dirigir-se a a elle, e se Vmce poder remeterlhe 2315 em porte da Executoria q elle tirou no Porto, me faz nisso favôr, pois q eu o não posso fazer por óra pela falta de dinro em q me acho como Vmce bem sabe Se o Corregedor nos fizer ahi alguma injustiça queira Vmce avizar-me logo pa eu me queixar ao Regedor das Justiças, q he meu Primo Fernando Afonço Giraldes.

Emqto aos Recibos q ma cunhada diz q tem na sua mão pa se lhe abonarem, he uma evidte impostura; pois antes pelo contrariario ella tem de menos dous recibos q eu lhe devia passassar, de vinte mil rs cada um q remeteu pa aqui ana minha Irmãa pa ella me entregar, como por mtoto favor; e como me não escrevia a mim, por isso não passei os Recibos; óra aqui tem o q he verde; porem advertindo q na conta q remeto vai incluido este dinro, porq eu sou mais honrado q ella. Da ditta conta pode Vmce tirar um extracto a limpo sendo necessario.

Emqto à Composição, não tenho nenhuma q fazer senão q me pague e digalhe mmo da ma pte q escuza de fallar em tal porq são palavras perdidas; q me tem escandalizado de tal sorte, q não quero nem verlhe a sombra; e por isso rogo a Vmce q não tenha com ella a menor comtemplação e q leve tudo á risca. De tudo qto passar me avize promptamte, e veja se faz dinro, porq a ma percizão he a maior q se pode imaginar

Emqto a meu Irmão João, o q elle me deve são trezentos mil rs q vão vencidos no ultimo do prosimo Dezembro pois estou pago ate ao anno de 1818 inclusive; falta portanto 1819, 20, 21 q a cem mil rs por anno faz a conta asima. Não o poupe, e aperte bem com elle.

Ora fico esperando anciosamte as suas notas e prompto sempre a mostrarlhe q sou seu

mto e obr Amigo Alpuim Aveiro 22 de Outubro 1821

Estou pago das mas mezadas, ate fins de Julho de 1820 Rce 60.000 rs por tres vezes, vinte doos quaes foi por via de Vmce Recebidos 60.000

Desde julho de 1820, ate dezembro do prezte anno de 1821, vão dezoito mezes, q a vinte mil r cada um emportão em Reis 340.000

Abatidos os 60.000 acima dittos. 60.000

Resta-se-me. Reis 280.000 Metal

NB Digo ate fim de Dezembro do prezte Anno, porq tanto a Sentença, como a Escriptura de Composição, mandão pagar um trimestre adiantado.

Francisco de Alpuim de Menes


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