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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1181

[1567-1570]. Carta de Margarida Cerveira para André Fialho, padre.

Autor(es)

Margarida Cerveira      

Destinatario(s)

André Fialho                        

Resumen

A autora dá informações, mas utiliza uma espécie de código, escrevendo as palavras do fim para o princípio.

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Jhs

me valha e nos valha por quẽ he ca vi seu escritos que me muito descõsolarã por ver seus trabalos e meus estarẽ ainda tanto crecemeto meus pecados merecen tudo que parece que san tantos que pasan por tantos sacrificios e auracan e tantas lagremas de sange deus he boa testemunha que falo verdade vida não se quera des+onra ais ruim por+que nhũa pesoa sabe que eu dise nada cõtra ele por+que se ho sobese todos criria que tudo ho que de+ele se dise era verdade porque he deus e ho mudo boa testemunha do muito que me chego seus trabalos e se agora sobese que eu disera alguma cousa de todo ficarã desorado e eu da mesma manera por que lhe peco que tal não faca ainda que seja seus paretes e pirigoso e muito porque para comigo não ten nesidade de rogas de negẽ ne que me falhe ho que eu esto desejado de fazer e de ver ainda que me custe a vida cotanto que não seja deus mais aufïdido que basta diverase de cõtetar a fortuna os trabalos que meus pecados que me ten dado tres anos e meo ha mas parece que ainda não san acabadas minhas dasaviturã seja deus lovado pois não desarei de ho segir quer por cruz quer por espinhos vida quẽ são pudese valer e lhe custase vida e fose secreto eu me cõfisei ca ho tracoso e lhe dise como adnei a lisboa co grande temor que tive de me predere disera tal cousa que nũca fara e que meus cõfesores me não quirian asolver ate que me não desdiser e que eu estava acõselhada letrado que fazedo hũa carta da minha letra ele asinar que disese a verdade que bastava eu desecaregar minha conciecia

lhe pidia como meu pastor que me ajudase a salvar que se ele não podia ele dise que si faria que fizese eu a carta ele asinaria e a mandaria filho asi nisto cai eu cama isto era pola tridade mandeo chamar veo dise que ele quiria ir a evoa a levala agradici eu muito aquilo e dise que eu lhe faria ho gusto e asi ho fiz como ho dinero e ha carta e dolha para partier outro dia senão quando a tarde ele ven e dise que falara fisiquo que lhe disera que não fose fora que lhe faria nogo quando eu vi aquilo veja ho que pudise sentier pidilhe que quisese asinar dise que não faria que era cõfisan dise eu que lhe dava liceca para iso finalmete não quis eu creo que se acõselar ha algẽ e que lhe diserã que não fizese he causa para lovar a deus ho medo que todos an que ne falar niso querẽ qudan que que polo mesmo ficam presas quando vi aquilo como me pude alavatar sobre bordan mande chamar ho vigaro por ele que he ho homẽ que serve san pedro que o outro esta doete sua terra e ese erã muito meu cõtraro e persigiame por amor de dezedo que eu ẽcobria suas causas e que não dizia a verdade que me avian de preder e falava muito mal de suas causas polo que eu não forã a ele nada ẽfi talhei ho vigaro asi como me ele dizia no seu escrito ele diseme que era causa forte e avia medo que me custase muito eu dise que na iegreia de deus avia remedio para grandes pecadores que estava da manera que via que me quiria salvar que ho que pidia erã que me não desorase por des meus paretes que erã quẽ ele tirian ouvido que antes me mandasen lacan no poso e asi he verdade e me não mandasen ir farã como ja farã que sabia que meus paretes me dariam bocado que aqui se fose necesaro tirareme que fose a minha custa que eu ho faria e polo jurameto que recebera que aquilo erã verdade que ho que dise erã puro temor e polo pecado que cõmiti como ma critan que eu estava aparilhada a fazer pineteci dele que fose secreta que hora era e esta era a misiricordia que pidia que me não desorasem polo muito escandalo que faria ate desõra


Leyenda:

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