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Maarten Janssen, 2014-

PSCR1585

1706. Carta de Manuel Carvalho Marques para Diogo da Silva de Gouveia e Abreu, juiz de fora.

Autor(es)

Manuel Carvalho Marques      

Destinatário(s)

Diogo da Silva de Gouveia e Abreu                        

Resumo

O autor dá ao destinatário notícias sobre o que se passa na sua vila e sobre o decorrer da devassa que o arcebispo de Évora lançara contra ele.
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Sor D Do da silva De Gouveia e abreu

A de vm resebi q Mto apladi por saber lograva vmce Ampla saude, eu pa cervir a vmce vivo com pronta vontade.

Sor Mto estimei a notissia q vmce me fes mce Anotisiar em q o seu negosio avia de tre em elle bom susesso porq sendo asim não tera a minha vontade mais q dezejar o agravo suponho estera vmce ja emtregue delle comforme a notisia q me deu Mel Correia, a pellasão q vmce mandou fazer foi eu com sivestre d abreu a caza do Dor Dourado e não nos foi posivel o podermos comseguir o hilla me fazer porq logo se fimgio com o pes em o estribo dizendo hia acudir a hũa seu tio a va de villa nova q estava merubundo e q o mandava buscar mas sem elle se fes o q vmce queria porq logo foi silvestre d abreu com o escrivão pato apellar o q tambem não custou pouco a fazer hir o pato porq os medos em esta terra são mtos e com Alguma rezão porq o sor bispo a todos atomo-rizava metendo bastantes medos com prizão pa Alju-be e dizendo elle e os mais ofissiais por onde se achavão q vm ja qua não avia de vir nem em o servisso de em rei avia mais emtrar e a toda a testemunha q não jurava a seu gosto logo lhe metia medos com o sor Arsebispo e dizendolhe se vinha ja acomsilhada do escrivão das ora-sons e dizendo este he sebastianista pois vosse não dis nada pois qua tem vindo testemunhas dizer q vosse sabia mto e porqui mtas mais coizas q os q lla forão jurar andam dizendo e ao pe frco lopes godinho o quis mandar prender gritando pello merinho e dizendo, chega ao barranco e quello pallar, e ao pato q emtrou logo, não seja vosse como o clerigo q eu quis agora mandar pa a bahia com q he vos publica por esta terra q a huns com medo de prizois e outros com meguissias os hia livando pa jurarem e o pe Dos de Andrade tambem me diserão q se não tirava de lla e que qua em baxo estava preguntando as testemunhas se tinham lla jurado isto ou aquillo q elle lhe preguntava e queria q comtra vmce se jurasse e o rol das testemunhas me diserão elle ficara e sempre andava com o sor bispo porq hia a pasear com elle mais o sor frer Mel da esparanssa e tambem me diserão q em sua caza tinha Alguma caruaje sua e q o sor Arsebispo lhe tem premitido q tudo o q gastar corre por sua conta e q diserã q mes q empinhase a sua Mitra o cazo avia hir a Roma e q escervera a Me abbr q to-do o custo q o bispo fizese e mais ofissiais corria por sua conta por qui podera vmce saber o seu empenho, e desta devassa com q estavão q me quer pare-ser q tudo isto era por conheserem q pello cazo vmce teria rezão e lhe queriam com a devassa fazer guerra mandandoa a em Rei. mas vmce em todo o tem-po a de mostrar com q temsão foi tirada e mais com todos os seus inimigos porq so elles poderião jurar como todos os gastois e morgadas e Marsal da senca. o paiva q estes dois não me parese q fizrão fizerão mal a sua obrigasão o q se preguntava em a de-vassa era como vmce dis q dezia se não dava das escumunhois do Arsebispo, e q estava adeministrado justissa como fazer camaras e audienssias e q prendera os viradores por não hirem a camara e q hia ouvir missa e q dezia mto Mal do Dor vigairo geral, e q preferia mtas mas palavras contra o sor Arsebispo de mal porsedidos e q vce tinha hũa manseba em caza por o q hũa e mtas coizas mais porq me diserão erão doze capitollos, e silvestre d abreu tambem foi testemunha este lhe acha vmce com mais clareza dizer o porq elle preguntava tambem preguntava por quatro pessoas mais q fallavão com vmce pasiavão como era Anto de villa lobos, e Anto borralho e Anto de mira, e Andre Mriz dourado e como vmce tambem mandara pellos cantos apreguar a solvisão do sor numsio, com q elle se foi desta va 3fra a tarde suponho q antes de vmce ler esta sabera ja sua Magde de tudo porq o bispo me dizem disera q logo o sor Arsebispo havia dar conta de tudo, o Sor Rdo da ponte chigou a esta villa a tenpo q estava fora mas logo asim q chiguei o fui buscar e não foi a minha furtuna tal q tivese a dita de lhe fallar porq batendo bastantemte a porta tanto da rua como do quintal me não quis acudir tendo o dis-pois notisia elle estava em caza a mim me paresse isto era medo emfim vmce lla julgara estas coizas ao santos tenho feito prezente tudo o q ouver mistre o venha buscar a esta caza, e isto mto antes Antes de vmce mo escerver no q vmce pode estar mto descansado o Amigo juzeph borralho da silva fiz prezente a onra q vmce lhe fazia do q elle ficou mto agradesido como bom amigo porq so elle sabe sentir to-das estas coizas com o sisso q eu a vmce como posuir-mos lhe farei prezente, ao sor Rdo pe fr. Mel me fara vmce da minha parte repetidas saudades e ao sor Dor frco de gouveia e abreu, e vmce veja se destas partes tenha em q o sirva me não poupe pois estou prontissimo em a vmce obedeser como seu maor deve-dor a pessoa de vmce a q Ds gde oje 7 de 8bro de 1706

Amo e mto sirvidor de vmce Mel Carvalho Marques

E tem chigado a tanto estremo por não dizer medo q nem audiensias nem camaras se fizerão por se não temger o sino da camara em todo o tempo q o bispo aqui esteve, em o pulutimo dia q se elle avia de hir mandou o juiz pedir lisemssa pa o mandar tenger, e isto com todo o seu entemdimto


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