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Maarten Janssen, 2014-

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[1713]. Carta anónima de uma mulher para um membro da Inquisição.

ResumoUma mulher cristã pede perdão aos inquisidores por ter realizado atos de feitiçaria.
Autor(es) Anónima49
Destinatário(s) Anónimo339            
De Portugal, Ourém, Porto de Mós
Para S.l.
Contexto

No verso do fólio encontra-se a seguinte nota: "as pessoas que delataram são sabidas porque se andaram gabando que o haviam de fazer em ordem a se vingarem e chamaram feitiçeiros e feitiçeiras para lhe rezarem os feitiços que dizem ter, e se presume que é fingimento pelas circunstâncias que tem havido" (a grafia está normalizada e as abreviaturas foram desenvolvidas). Segundo informações contidas neste caderno do promotor, Catarina Fróis, a sua filha Teresa Fróis e a sua tia Isabel Nunes foram acusadas de feitiçaria, e uma delas poderá ter escrito a carta aqui transcrita. Foram acusadas de curar com palavras e de realizar feitiços e previsões por meio de rezas e orações, mas a maior acusação recaiu sobre Teresa Fróis. Esta foi acusada de ter um pacto com o demónio, e de falar com os finados para obter informações. A denúncia partiu de Bernardo Soares, que acusou Teresa Fróis de realizar feitiços à sua prima, que a tinha substituído como criada do denunciante. Por vários testemunhos, chegou-se à conclusão de que existiam provas para incriminar Teresa Fróis, e o Tribunal do Santo Oficío decidiu proceder aos exames "na forma do regimento e estilo do Santo Oficío" (fólio 201).

Suporte meia folha de papel dobrada escrita no rosto e no verso
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Caderno do Promotor
Cota arquivística Livro 272
Fólios 160r
Transcrição Ana Guilherme
Revisão principal Clara Pinto
Modernização Clara Pinto
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2008

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