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Maarten Janssen, 2014-

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1651. Carta não assinada, atribuída a Manuel Cordeiro, para os Inquisidores de Lisboa.

ResumoO autor dirige-se aos inquisidores fazendo acusações sobre troca de correspondência ilícita dentro dos cárceres do Santo Ofício e promete novas informações em breve.
Autor(es) Manuel Cordeiro
Destinatário(s) Inquisidores de Lisboa            
De Portugal, Lisboa
Para Portugal, Lisboa
Contexto

No processo de Manuel Cordeiro, preso a 30 de Setembro de 1651 por impedir o recto funcionamento do Santo Ofício, estão incluídas duas cartas. Uma delas (PSCR1310) foi encontrada no dia 6 de Abril de 1651, quando o inquisidor Luís Álvares, acompanhado do padre Borges Tavares, promotor, e José Cardoso, notário, foram à varanda da casa da Inquisição, nos Estaus, e descobriram do lado de fora das grades um embrulho bem atado com fio e um ladrilho, para fazer peso, que devia ter sido para ali atirado durante a noite. Nesse embrulho estava esta carta, dirigida ao Santo Ofício, acusando Duarte da Silva e Rodrigo Aires Brandão, já presos nos cárceres, de trocarem correspondência para fora da prisão. Meses depois, uma nova carta anónima (PSCR1311) foi enviada ao Santo Ofício, contendo novas acusações contra os prisioneiros; contra Gaspar Clemente, que fora notário do Santo Ofício; e contra os Forragaitas (Francisco e Gregório Gomes Henriques, pai e filho), mercadores, dizendo que tinham mentido ao testemunharem no caso de Duarte da Silva e que, além disso, se gabavam de ter informadores dentro do Santo Ofício. No dia seguinte à sua prisão, Manuel Cordeiro confessou que pendurara a primeira carta na varanda do Santo Ofício, tendo, meses depois, escrito uma outra, que dera ao seu confessor para que a entregasse na mesa. Reconheceu ser o autor de ambas, tendo na primeira disfarçado a letra para que não a reconhecessem. Confessou ainda que soubera dos factos que nelas relatava através de Fernão Martins, cristão-novo e mercador, que ouvira essas informações de Gaspar Clemente, por via de Manuel Rodrigues, e dos ditos Forragaitas. Manuel Cordeiro foi absolvido em auto-de-fé de 2 de Dezembro de 1652.

Suporte meia folha de papel escrita em ambas as faces.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Fundo Inquisição de Lisboa
Cota arquivística Processo 643-1
Fólios 6r-6v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2300520
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcrição Maria Teresa Oliveira
Revisão principal Fernanda Pratas
Contextualização Maria Teresa Oliveira, Tiago Machado de Castro
Modernização Fernanda Pratas
Data da transcrição2016

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