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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1821]. Carta de António José Cabral de Melo e Pinto, desembargador e corregedor, para o seu cunhado João Cardoso de Almeida, padre.

ResumoAntónio José Cabral e Melo pede ao cunhado para administrar a sua casa de Viseu.
Autor(es) António José Cabral de Melo e Pinto
Destinatário(s) João Cardoso de Almeida            
De Portugal, Lisboa
Para S.l.
Contexto

O réu deste processo é António José Cabral de Melo e Pinto, desembargador e corregedor da comarca de Beja, considerado culpado da morte da mulher, Maria dos Prazeres Soares de Abreu e Melo, e condenado a degredo perpétuo. No processo existem várias cartas, na sua maioria lidas e copiadas pelos advogados. Há cartas escritas pelo réu à sua mulher, e cartas escritas pela mulher a várias pessoas. O primeiro conjunto de cartas foi utilizado pela defesa para demonstrar como entre marido e mulher não havia qualquer animosidade. Um segundo conjunto foi já utilizado pela acusação para mostrar que o réu duvidava da fidelidade da mulher e por isso mesmo ter-se-ia fingido vítima de um assalto, no decurso do qual Maria dos Prazeres fora assassinada. Segundo a acusação, no assalto estariam implicados os criados do desembargador, seus cúmplices. A carta transcrita foi endereçada a João Cardoso de Almeida e escrita por António José Cabral de Melo e Pinto, seu cunhado, solicitando-lhe que administrasse a sua casa de Viseu.

Suporte meia folha de papel dobrada, escrita no rosto e verso do primeiro fólio, e com o sobrescrito no verso do segundo fólio.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Casa da Suplicação
Fundo Feitos Findos, Processos-Crime
Cota arquivística Letra A, Maço 4, Número 12, Caixa 11, Caderno [22]
Fólios 23r-v
Transcrição Cristina Albino
Revisão principal Cristina Albino
Contextualização Cristina Albino
Modernização Sandra Antunes
Anotação POS Clara Pinto, Catarina Carvalheiro
Data da transcrição2007

Page 23r > 23v

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Meu amo do C

Vai o Jozé Luis pa

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hir cuidando no arranjo dos piquenos
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etc visto q eu estando tambem a
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marchar me obrigam a fazer primo
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hua deligencia; vou porem ter
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e elle esperará por mim. Mande VS
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buscar a Vizeu o dinro q deixou
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e delle lhe dará o q elle pedir, ou preci
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zar visto q nam leva senão pa
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a Jornada. respondi a sua em q
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me expunha o dezarranjo da caza de
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Vizeu q eu conheço mto bem e
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mandei a VS dentro de hua carta do mano
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Jozé, outra pa Anto Lopes aberta em q
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lhe pedia q recebeçe os pendoens este
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anno por falta arranjos q tinha
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mos, e q se lhe pagaria a Sua admnam
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e q emqto ao milho dos dous annos
[19]
que

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