O autor confessa-se perdidamente apaixonado e tenta combinar forma de se encontrar clandestinamente com a destinatária.
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Ma supirada prizão
Tão longos me tem parecido os dias em q não tenho tido
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[2] | a felicide d abracarte que duvido q ma al
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[3] | ma possa com a soidade q tu me motivas, sim
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[4] | debalde clamo e suspiro pr ti tu não ouves
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[5] | nem ves os meos suspiros meos gemidos
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[6] | e mas enternecidas lagrimas! ah! eu amo
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[7] | te no mais vivo do meo C nada me apraz e
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[8] | alegra na tua auzencia, mas ai de mim
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[9] | talves q tu vendo a impossivillide que tens
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[10] | em falarme calques aos pes as mas lembranças
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[11] | o meu C e athe o amor q me tens jurado, mas
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[12] | ai ma adorada Esp se assim he não me escrevas
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[13] | pq as tuas Cartas são hum veneno de amor
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[14] | que ensensivelmte se me introduzem nas
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[15] | veias e me consomem, ah eu não quero pencar nis
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[16] | to deixaime funestas lembranças, triste pen
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[17] | camto e, hum C magoado deixai de per
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[18] | seguir este infelis: fado cruel athe quan
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[19] | do experimentarei o teo fero e rigor U. uni
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[20] | co objecto da ma memoria ah! se me não
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[21] | amas foje do meo pençamto e não augmen
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[22] | tes mais a ma dor; e tu morte velozmte
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[23] | apreça teos vagarozos passos corta de hua
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[24] | ves o fio a mais penoza vida de hum dis
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[25] | graçado U. ma linda U. tu hes a unica cau
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[26] | za e origem dos meos suspiros tu hes aquella
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[27] | pr qm meos olhos jamais deixarão de verter
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[28] | copiozas lagrimas nem os meos enternecidos
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