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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1612. Carta de Bárbara Pimentel de Leão para Fernão Rodrigues, cura de Santa Justa.

Autor(es)

Bárbara Pimentel de Leão      

Destinatário(s)

Fernão Rodrigues                        

Resumo

A autora relata um conjunto de notícias relativas à comunidade portuguesa de Ruão. Entre elas, refere os seus problemas pessoais com alguns elementos dessa comunidade, a questão de o seu irmão aparentemente se ter convertido ao judaísmo e outros factos ligados aos seus negócios.
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[1]
vergonha
[2]
que se fose a esa terra e na carta que fernão d alves melo
[3]
escreveo a andre mendes em companhia desta lhe dezia que ja
[4]
joão tinha conhesimto do snor como os que estão naquela terra
[5]
e que ja se chamava jacobo israel pimentel e que luis hera
[6]
o mesmo mas que não mudara nome porque hia a lxa
[7]
arecadar dro mas que em vindo uzaria do nome como os mais
[8]
a esta carta respondeo andre mendes como quem he e de ma
[9]
neira que o melo não folgaria ver a reposta.
[10]
fis mtas deligensias com andre mendes pa que me dese a carta
[11]
do melo pa a mandar a vm com esta mas como estes homẽs
[12]
dependem de negosio e tem corespondensia em todas as partes
[13]
não pude acabar com ele a ma dar antes apertou mto comigo
[14]
rompese esta de joão e a não mandase a vm a quem peso
[15]
me fasa m que tamto que a vir queira ir a caza do ldo sabastião
[16]
mendes e a ele e a minha tia lha mostrar e lhe ler este capitolo
[17]
pa que saibão o em que se tornarão os filhos de meu pai criados
[18]
em tamta cristandade e vejão a obra que fes ese fidalgo
[19]
que tem em sua caza porque o rapas hera moso e como
[20]
tal não emtendeo mais que o que lhe diserão seu irmão
[21]
e cunhado ser bom. sobre esta carta fis eu o que devia
[22]
e respondi a joão lembrandolhe a cristandade com que
[23]
meu pai e mai nos doutrinou a todos e que inda estava em
[24]
tempo arependendose de se salvar que olhase o que devia
[25]
a ds que o criara. a esta me não respondeo afirmo a vm
[26]
que saber este suseso me custou samgraremme sete vezes
[27]
seja ds louvado que dos filhos de meu pai e mai que so eu sou
[28]
e serei ate morte a que lhe onrarei seus osos em ser cris
[29]
tam como eles sempre forão tem me tirado o juizo ver
[30]
que teve ese fidalgo tam pouqua vergonha que fazendo o
[31]
que fes e uzãdo por estas partes o que uzou se for a esa terra queira
[32]
noso snor por sua devina mezericordia que desa doemsa
[33]
de que vm se doeo tamto o aja levado pa si pa não ser
[34]
mais dezomra dos osos de seus pais e como qua deixava
[35]
estas boas obras feitas e a suas irmãs e irmão tais como ele por
[36]
iso dise a vm que eu não tinha nada nas dividas que la estão

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