O autor escreve a Manuel da Silva Pereira sobre a desavença que tiveram e mostra-se muito zangado com ele.
[1] | Não ha q perguntar se Vm passa bem pois Vm
|
---|
[2] | Sem o pezo da minha prezença queira Deos conser
|
---|
[3] | varlhe
|
---|
[4] | mta Saude em pago de tanto bem como
|
---|
[5] | me procurou, e espero me continua quanto ao q Vm me diz de Macedo eu sonho
|
---|
[6] | tanto nelle como elle pode fazer em mim
|
---|
[7] | se fez queixar de mim a meu amo, tarde
|
---|
[8] | ou cedo se conhecerá o como eu costumo obrar
|
---|
[9] | nas auzencias ainda de meus inimigos em
|
---|
[10] | nada me poderá achar seu semelhante
|
---|
[11] | e esteja Vm seguro q não são as agoas que
|
---|
[12] | me fazem terror pa mal obrar pois he certo
|
---|
[13] | q Deos permitisse castigarme em terra e
|
---|
[14] | em todo o lugar o pode fazer, e quando o faça
|
---|
[15] | não ha de ser plas auzencias q eu posso fazer
|
---|
[16] | delle ou de qualquer outra pessoa se guardei
|
---|
[17] | o seu escrito foi sem pensar isto se prova por
|
---|
[18] | q
|
---|
[19] | no mesmo tempo q me escreveo eramos como
|
---|
[20] | sou seu amigo , e acazo disse q se o escrito q elle
|
---|
[21] | me escreveo o tivera elle semelhante meu
|
---|
[22] | procurara fazerme mais mal do q eu lhe
|
---|
[23] | avia de fazer mas he certo q o tempo lhe tem
|
---|