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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1588]. Carta de Leonor de Sousa para Isabel Mendes, sua irmã.

Autor(es)

Leonor de Sousa      

Destinatário(s)

Isabel Mendes                        

Resumo

A autora dirige-se à sua irmã dando-lhe notícias do seu cativeiro.
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snora irmã

a sua reciby que não e pequeno alyvio pa mÿ ver hũa

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carta sua pois que por meus pecados não tenho dõde
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me vyr quato o que dis manoell frz esta de caminho pa
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lysboa folgo mto quira noso snor jhu xpõ seu favor e e
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e se lyvarmo a ele e a todos tãobẽ folgarey quãdo manoell
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frz vyer de saber a reposta quãto a minha desposicão a morte
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que fora vida por não ver tãtas desavẽturas quãtas vejo o que
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mãdou manoell frz reciby asi dois mil rês como o mais
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queira noso snor chegarme a tpo pa que deva as merces quãto
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que dis de palo que seria vyr ca d la não e necesaryo por
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que emquãto esta em caza cuido que tẽ jẽte ate ver isto
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em que para quãdo não ouver outro remedyo vyra quãto
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a manoell frz querer veder as suas cazas pa acudir a minhas
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nececidades eu ho agardeço mto e tãobẽ não quero que as vẽ
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da que noso snor jhu xpõ vyra sua misiricordya que
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ca falta e me chegue a tpo que lhe pague a boa obra de
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minha parte dyga que não deixe de visytar a snra
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minha tia que noso snor lhe dei boa vylhice e q em suas oracois me
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emcomẽde a noso sor me livre pero mẽdes

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novas de vila nova estamos esperamdo quada ves por jẽte

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desta tera que la são não sabemos o que sera quira dês
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que seja bẽ por nos porque de outro não serve rogo a no
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so snõr jhu xpõ nos tenha de sua sãta pa seu serviso

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