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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

[1500-1599]. Carta de Jerónimo Gonçalves, preso no aljube, para destinatário não identificado.

Autor(es)

Jerónimo Gonçalves      

Destinatário(s)

Anónimo381                        

Resumo

O autor dá diversas instruções a um seu amigo no sentido de o ajudar na respetiva defesa.
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[1]
[2]
Jhs

agora vejo quã mofino sou porq cria q estaveis

[3]
pa rezadeuo acodisme o pareçer do meu procurador
[4]
queira q viseis nẽ foseis a casa porq foi
[5]
o q eles dizẽ e não oysa palavras nẽ de fallar
[6]
dixe q deseis cõta ao gramaxo q he meu amigo
[7]
tinha ja ele praticado. ora os papeis ql
[8]
cada me custa mto trabalho
[9]
a preposito e vos aveis de respõder palavra
[10]
ao q eu digo porq tudo me releva sãti
[11]
cẽ olhos e cerrar a boca e fazerdes e calar
[12]
olhos no q pasa elvas e barbacena e
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maneira se livrão os homẽs e hão de
[14]
aqui e vos aveis de estar lixa. bẽ
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avieis a mel sarda como eu vos dixe sabe
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mto negocio e se me deixarão estar donde
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outros presos eu fora livre mas de medo
[18]
nesta casa donde estou pelejãdo lioes
[19]
me da nada q tenho coração pa estar
[20]
forno se me agasto he porq me vejo
[21]
e daqui ter escritos çẽ papeis sẽ ver fazer
[22]
q he neçesario ter quẽ requeira minha justiça
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nada disto me daa q do mais tenho
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tudo e sou mais homẽ do q nïguẽ cuida
[25]
q tudo me custa mto trabalho. quãto ao q
[26]
he cousa de pruizo nẽ eu tinha mais
[27]
do fialho tratavam e cousas q todos
[28]
o arcebpo fora outro soo isto q lhe dixe
[29]
mãdar soltar, o q agora aveis de fazer
[30]
caminho de lixa seqr q saibão eses sors q
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e q poso prouverme e la eses apõtamtos
[32]
o pdor da legacia e verdes o despacho dese sor
[33]
apresentaio e se não falo mais
[34]
nada e faço

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