A autora diz ao destinatário que tem confiança nele e também que é procuradora do irmão Gaspar relativamente à herança, pensando utilizar estes poderes legais e o dinheiro dele para o libertar da cadeia.
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M Rdo Pe e Sor D Sebastiam
Suposto me falha o conhecimto da sua pessoa, tendo
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[2] | baste nota do q meu Iro lhe foi obrigmo no empo
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[3] | da Perfilhassão de mia Cunhada, e como ele esquecido
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[4] | de tanto benefo não soube compenssar esta amizade
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[5] | qro Eu solicitar o seu favor, na certeza de q sabe-
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[6] | rei em todo o tempo não só. conhecelo mas Comfessa
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[7] | lo pois em mim á difrente gratidão tanto por genio
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[8] | Como por Criassão, qra a fortuna q eu em vmce in
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[9] | Contre a mesma eficazia pois dela Caresse o meu
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[10] | dezampro e afflição. Já vmce saberá q a disgrassa fes
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[11] | q tanto Eu Como meu Iro Gaspar franco ficassemos
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[12] | dependente de meu Iro Lço o qal tem tomado por de
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[13] | zemfado o amofinarnos a mim Com demandas a e
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[14] | le Com Castigos querendo Com estas industrias es
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[15] | Curecer a justissa, e vencer por edeas fantasticas o
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[16] | q não Comceguiria de outro modo, penssou q a nece-
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[17] | cide me venceria (foi erado o Comto) quis dezani-
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[18] | marme com a prizão de Gaspar, mas vendo Eu
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[19] | q Um contrato amigavel faria por as dezordens
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[20] | em socego lhe pedi treztos mil reis e quatro mil
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[21] | Cruzados pa duar, não respondeo, nem eu instei, e
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[22] | Como reparou no meu Silencio Sahio Com a ofer
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[23] | ta de duzentos e Um conto, mas com tais Cigurã-
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[24] | ssas qtas tem Um fio de Aranha, temse movido Va
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[25] | rias Couzas as quais por não molestar a vmce não
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[26] | relato e pesso ao meu letrado o Dor José Anto das Ne-
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[27] | ves as diga q milhor o sabe, e tem por meu respto
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