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Maarten Janssen, 2014-

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1550. Carta de António Ribeiro, pagem, para seu irmão Gonçalo Álvares, criado del rei.

SummaryO autor dá ao irmão novidades sobre a sua absolvição pela justiça.
Author(s) António Ribeiro
Addressee(s) Gonçalo Álvares            
From Portugal, Coimbra
To Portugal, Lisboa
Context

António Ribeiro, ou António de Santarém, como consta na capa do processo, tinha cerca de treze anos em maio de 1547 quando se apresentou na Mesa da Inquisição declarando que tinha sido vítima de violação. Revelou que ano e meio antes, em Santarém, tinha sido conduzido por um indivíduo, alcunhado de "O Redondo", a casa de um Gaspar Mulato, onde este último "forçosamente [...] dormira carnalmente com ele uma só vez", e que durante o ato "gritara e bradara, dizendo que o deixasse, e saíra da dita casa chorando" (fólio 2r). Reportou ainda que, noutra ocasião, dois conhecidos do mencionado Gaspar Mulato o tinham convidado "para poderem pecar com ele", mas, pelas suas declarações, desta vez não foi molestado. Apesar do que reportou, foi dado como culpado e degredado para Coimbra. No ano de 1549, o Santo Ofício deu permissão para que António Ribeiro e uma Catarina Figueiredo, criada de Garcia de Sá, contraíssem matrimónio. Por declaração existente no processo (fólio 13), é possível saber que a sua união já decorria clandestinamente.

Support uma folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces e com o sobrescrito na última.
Archival Institution Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Tribunal do Santo Ofício
Collection Inquisição de Lisboa
Archival Reference Processo 6097
Folios 16r-v, 17v
Online Facsimile http://digitarq.arquivos.pt/details?id=2306139
Socio-Historical Keywords Tiago Machado de Castro
Transcription Tiago Machado de Castro
Main Revision Catarina Carvalheiro
Contextualization Tiago Machado de Castro
Standardization Catarina Carvalheiro
Transcription date2015

Page 16r > 16v

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Sõr yrmão

não tenho mãdado o estromẽto a vosa merçe mais

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sedo porque me paReceo q fosemos la e
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agora que veo o Recouveyro e não trouxe Re
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cado pa yrmos, o pus loguo po obra e o tiRey
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la o mãdo a vm. fasame vm merçe que se
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acabe este negoçio o mais sedo q puder quãto
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he da allsovição que me vm na sua mãdou
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pedir eu não tiRey asollvição q por huã bula
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dos cativos q eu tinha me asollverão e como
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for feyto mãdeme Recado e mãdeme dizer omde
[13]
pouza poque me paRese que se avia de mudar
[14]
agora polo são Jo poq como seu Recado vir
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loguo la são vm pa de mỹ fazer o q
[16]
sua vomtade for/ muitas vezes escreveRia a
[17]
vm mas po as cartas não yrẽ ter la a casa
[18]
o não faso não mais senão q dezeyo mto
[19]
de aver fym este negoçio pa fazermos

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