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Maarten Janssen, 2014-
Resumo | O autor descreve as circunstâncis de um roubo que ocorreu em sua casa. |
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Autor(es) | José Maria da Piedade de Lencastre Silveira Castelo Branco de Almeida Sá e Meneses, 4º Marquês de Abrantes |
Destinatário(s) | João de Matos N. Barbosa de Magalhães |
De | Portugal, Lisboa, Palácio dos Santos |
Para | S.l. |
Contexto | O réu deste processo é António dos Santos Botelho, oficial de Chancelaria do Marquês de Abrantes, solteiro, filho de António S. Botelho e de Ana Rita de Oliveira, natural de Belém, de 19 anos de idade, morador em Belém na freguesia de Nossa Senhora da Ajuda. O réu foi denunciado pelo Marquês de Abrantes, D. Pedro, e ficou preso à ordem do Intendente Geral da Polícia da Corte e Reino. Foi acusado de ter furtado a Miguel Aparício de Melo uma quantia em dinheiro (689 mil réis) pertencente ao Marquês de Abrantes, induzido por dois jogadores profissionais (João Gordo e Tomás), com os quais tinha perdido grandes somas de dinheiro. Atuavam numa casa de jogo da banca no Cais de Sodré, por cima da loja de bebidas do Ananás. Manuel José da Costa, Tomás João Viana, Manuel de Mendonça e José Maria de Abreu, dono e sócios da referida casa foram presos. Depois de devolvido o valor do furto ao Marquês e pagos 20 mil réis de multa, foram todos libertados. O réu terá confessado o crime e assinado uma declaração por ter sido a isso obrigado. Miguel Aparício de Melo terá levado o réu para uma casa, onde o ameaçou com uma faca de ponta, dizendo que o Marquês se contentava com quarenta moedas. Por sorte o criado Manuel António Pastor terá acudido e tirado a faca das mãos do dito Miguel Aparício de Melo, o qual, vendo-se sem a faca, pegou numa espingarda e correu atrás do réu. Desta vez, outro criado, de nome José Bernardo, tirou-lhe a espingarda da mão, mas ainda assim conseguiram prender o réu numa casa “imunda, fechada, sem cama” onde foi retido por oito dias e obrigado a assinar a dita declaração sob ameaça de enforcamento. |
Suporte | meia folha de papel não dobrada escrita no rosto e no verso do primeiro fólio. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Casa da Suplicação |
Fundo | Feitos Findos, Processos-Crime |
Cota arquivística | Letra A, Maço 42, Número 7, Caixa 85, Caderno [1] |
Fólios | 25r-v |
Transcrição | Ana Guilherme |
Revisão principal | Rita Marquilhas |
Contextualização | Ana Guilherme |
Modernização | Raïssa Gillier |
Anotação POS | Clara Pinto, Catarina Carvalheiro |
Data da transcrição | 2007 |
1817. Carta de José Maria da Piedade de Lencastre Silveira Castelo Branco de Almeida Sá e Meneses, 4º Marquês de Abrantes, para João Barbosa de Magalhães, Intendente Geral da Polícia.
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