O réu deste processo é Manuel Maria de Saldanha Guedes e foi condenado por ter elaborado um plano "para salvar a Nação", e por ter tentado extorquir dinheiro a várias pessoas. O plano consta do processo, bem como algumas proclamações. Embora muitas das cartas estejam assinadas com o nome de Luís Leitão da Franca, foram escritas pelo réu, como ele próprio confessou.
No processo estão arquivados dois pasquins com o seguinte conteúdo (transcrição paleográfica): Notiçia Anoncia-se por dó, e muito em particular ao Illustrisimo Senhor Marçalino Joze Gonçalvez Que ésta Propriadade, de que he Senhor Domingos Gonçalves Fomenica; O maior Uzurario anbiozo, Verdugo Cruel de Seos Amigos! Homem Tirano, e máo; passa a ser muito breve: Quem quizer escapar as Ruinas do Incendio se deve mudar; the ao dia 15 do fucturo mes d'Abril; ou Victima no Inçendio, Como elle dono, Ladrão. O que afirmo Com Juramento etc (fl. 35r); Avizase por dó aos Inquilinos da propriedade de que he Dono Domingos Gonçalves Fominica que ésta he Inçendiada ao fim de Abril fucturo. sem falta por Ser o maior Ladrão Quem quizer escapar as ruinas do inçendio, que será de noite Se mude quanto mais breve milhor Pois jurei punir este Ladrão (fl. 36r)