Contexto | As cartas foram entregues voluntariamente pelo padre Joaquim Pereira Bravo Vasconcelos com o valor de confissão. Efetivamente, procurara antecipar-se à denúncia de Maria da Costa perante o Santo Ofício, como veio a concretizar-se, sendo remetida do Porto a 21 de outubro de 1790. Os factos reportavam-se a quatro anos antes, altura em que aquela mulher, casada, foi assediada por diversas vezes por Joaquim Pereira Bravo Vasconcelos aquando do ato de confissão, chegando mesmo a cometer-se "actos venéreos", incorrendo assim no crime de solicitação. Em face das "sensíveis mostras de arrependimento", o réu foi libertado e sentenciado a cumprir rigorosamente com as penitências espirituais que lhe foram determinadas. |