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Maarten Janssen, 2014-

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[1535-1542]. Carta de Dom Duarte de Portugal para Dona Isabel Moniz, sua mãe.

ResumoO autor compromete-se a cumprir um desejo da mãe e a empregar o filho do almoxarife Lopo de Abreu quando tal se proporcionar.
Autor(es) Dom Duarte de Portugal
Destinatário(s) Isabel Moniz            
De Portugal, Guimarães, Santa Marinha da Costa
Para Portugal, Guarda
Contexto

A destinatária desta carta é a religiosa Dona Isabel Moniz, filha de um alcaide de Lisboa apelidado de "o Carranca" e moça de câmara da Rainha Dona Leonor, mulher de D. Manuel. Dona Isabel Moniz teve dois filhos do rei D. João III antes de ele contrair matrimónio com a rainha Dona Catarina de Áustria: Dom Duarte e Dom Manuel, que nasceu morto. Em 1561, Dona Isabel Moniz dirige uma carta à rainha Dona Catarina, cujo tema é o adiantamento de uma verba de 20 mil cruzados para que possa prover a uma sua sobrinha, filha da sua irmã Dona Cristina. Nesta afirma à rainha e mulher de D. João III que é a mãe de Dom Duarte, filho ilegítimo deste monarca e autor da carta aqui publicada (Corpo Cronológico, Parte I, mç. 104, n.º 35).

A educação de Dom Duarte de Portugal ficou a cargo de frei Jorge de Évora. Em 1532, entrou para o Mosteiro da Penha Longa, em Sintra, passando em 1535 para o Mosteiro de Santa Marinha da Costa, em Guimarães, onde cumpriu os seus estudos. Em 1542, saiu do Mosteiro para ir a Sintra ser legitimado pelo rei, seu pai. Neste mesmo ano, o monarca pede ao papa Paulo III que faça do seu filho arcebispo de Braga, o que foi aceite, com a condição de a nomeação ser efetivada quando cumprisse o seu 27.º aniversário. Tal não chegou a suceder pois Dom Duarte faleceu no ano seguinte, em 1543, com apenas 22 anos, vítima de febres.

A carta aqui transcrita foi redigida no período em que Dom Duarte de Portugal esteve em Guimarães (1535 e 1542). Foi encontrada no fundo Coleção de Cartas, unidade de instalação Cartas Missivas e outros Documentos. É uma unidade que agrupa, em 4 maços, documentos dispersos de datação incerta ou incompleta. A partir da informação interna da própria carta, tenta-se inferir datas extremas e dados que a situem e, de alguma forma, a contextualizem.

Suporte uma folha de papel dobrada, escrita nas duas primeiras faces e com sobrescrito na última.
Arquivo Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository Colecção de Cartas
Fundo Cartas Missivas e Outros Documentos
Cota arquivística Núcleo Antigo 878, Documento 195
Fólios [1]r-[2]v
Socio-Historical Keywords Maria Teresa Oliveira
Transcrição Tiago Machado de Castro
Revisão principal Raïssa Gillier
Contextualização Tiago Machado de Castro
Modernização Raïssa Gillier
Data da transcrição2015

Frase s-4 / Quanto ao q vm me mãda q faça açerca de tomar quando for tẽpo o filho de lopo d abreu almoxarife de s a diguo q me apraz de pa esse tẽpo fazer tudo yso q vm me manda nesta sua
Frase s-5 e mto folguara de loguo poderlho ho poder fazer mes tenho liçença de s a pa yso e per nenhũa via ei de fazer cousa contra seu mandado e ordenanca
Frase s-6 mes vindo tempo q ho posa fazer daqui affirmo a vm de o fazer
Frase s-7 e asy lho pode prometer po tão firme como se ja na mão ho tivese

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