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1568. Carta de Gonçalo Nunes para Fernão Martins.
Autor(es)
Gonçalo Nunes
Destinatário(s)
Fernão Martins
Resumo
O autor dá recomendações ao amigo sobre o sigilo que tem de manter.
Texto: -
[2]
fernõ miz a mỹ me deseram que ereis vỹdo desa tera e que
trouxereis esa molher o quall muyto folguo porque ate aguo
ra nã esperey por sultura senã aguora
[3]
bem sey nesa parte
quãto lhe devo
[4]
pa que me daquy me veja fora de ta
manhos trabalhos aveis de tomar isto a carguo que dyga
es a esa molher que lhe allenbre que sempre dise que
nã querya nada de mỹ e que se fose nesesaryo vẽder o mãto
e a saya por me tyrar da cadea que ella o farya
[5]
aguora
estou em tempo pa diser tudo iso dyante da justica nesta
tera
[6]
e eu esa cõfiansa tenho porque eu fora da cadea
farey tudo aquillo que em mỹ fo faser e nũqua spa
iso
[7]
me achara descallso ho meu feyto
[8]
esto em termo de nã
esperar senã por esta diligencia
[9]
e ella feyta farey
cõta que estou solto
[10]
o vigayro tem detremynado ha mãdar
hũ camyneyro faser a tera ha mesma deligẽcia sobre
ho caso
[11]
pois noso snor vos trouxe a tera cõ essa molher
escusaram de hyr lla
[12]
folgarey de saber della se a sua tẽ
sam he o que tem dyto ho mais prestes que puder ser
tanto que esta vyrdes porque dyrey o vygayro que aquy
se pode faser a diligentia todo sem hyr a tera
[13]
o que
vos encomẽdo que digães ha esa molher que nã se
ponha diser pallavras hũa nẽ ha outra porque bẽ
sabe que esta tera nã he como ha sua
[14]
por aguora nã
dygua mais senã que noso snor vos traga na su guar
da
[15]
feyta aos 11 dyas do mes de julho de 1568 anos
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