PSCR0027 1563. Carta de António Pereira, vigário, para António Gouveia, vigário-geral.
Resumo O autor dá conta dos factos relativos a um caso de bigamia por ele descoberto.
Autor(es)
António Pereira
Destinatário(s)
António de Gouveia
De
Portugal, Elvas
Para
S.l.
Contexto O presente processo diz respeito a Diogo Nunes, identidade falsa que Gonçalo Nunes engendrou para tentar casar pela segunda vez em Elvas. Perante esta suspeita, o vigário de Elvas, António Pereira, em conjunto com os oficiais de justiça da cidade, moveu-lhe um auto do qual resultou uma carta comunicando às autoridades eclesiásticas de Évora os mencionados factos (PSCR0027). Junto a esta comunicação, seguiu também uma carta escrita pelo réu, prova do seu crime.
Suporte
uma folha de papel escrita em ambas as faces.
Arquivo
Arquivo Nacional da Torre do Tombo
Repository
Tribunal do Santo Ofício
Fundo
Inquisição de Évora
Cota arquivística
Processo 5837
Fólios
16r-v e 18v
Socio-Historical Keywords
Tiago Machado de Castro
Transcrição
Tiago Machado de Castro
Revisão principal
Catarina Carvalheiro
Contextualização
Tiago Machado de Castro
Modernização
Raïssa Gillier
Data da transcrição 2013
Opções de representação
Texto : Transcrição Edição Variante Modernização - Mostrar : Cores Formatação <pb> <lb> Imagens - Etiquetas : Classe de palavra POS detalhado Lemma Notas linguísticas
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Ao mto magco sõr ho sõr Ldo
Anto de gouvea vygaryo
gerall en este arcebispado
meu sõr
Snr
Acerqua de hũ homẽ q eu aqui prendi por casado
duas
vezes ho qll esta nese alljube
q falsou a certidão e
se nomea por
do nunez chamãdo se
go nunez veja
V
m as meadas q deva e
saiba q he velhaco e nõ saia
sen castiguo
porq mãdou hũa carta a
qll vay cõ esta
a hũ fernão
miz
q hora veo de sua tera e esta aqui
cõ
outas
pas
q della vierão q
conhecen sua molher e
fylhos e pareçeme q trata nella
q a prymeira molher
se desdygua
q não he sua molher e mãda ameçar qua
a
outa
q dygua o mesmo vm veja a carta e a entrege
ao prometor se fyzer
a bẽ de justa pois aqui estão
tas
de novo se foren neçesarias
porquãto eu tenho cõfiança
q ffaço ho q devo en meu
oficio cõfiei eu q
vm cõ s
meu
sõr me crese q
lhe falava vdade dyguo acerqua
de
ma sanches
q he vdade como ja
epvi a vm
q cõ seu a
trevymto e llca lhe
dei mãis hũ mes ho qll cõpryra cedo
q sera nõ fin deste Julho vendo justo
inpedymto e pobreza
do qll sou eu mto certo
q se vm estivera vendo como
eu vejo q lhe dera tres meses pareceme q devia vm
de oulhar ysto cõ olhos de mia e mandalla solltar porq
fara duas obras de s apresar a mia e a ela porlhe pe
na
q va cöprir seu degredo e a mĩ sẽ prenderme
se en darlhe mãis hũ mẽs fiz ho q não devia
porq
esta a pecadora vendendo ho mãto e
saia pa comer e
se mas informacõis não fosen as
vezes se não faryã
semelhãtes casos asy q
faça vm ho q for
svico
de noso
sõr / quãto a estevão da ponte esta enprezado
mas quãto a molher q dizem elle ter
mtos dyas ha
q
nõ pareçe nesta tera nẽ se sabe della
vm devia de
oulhar se tanbẽ
pventura ho informaryã mall nõ sera
senão
q noso sõr lhe
acreçente a vyda e estado p mtos
anos cujas mãos beyo myll vezes d ellvas
ao 31 de
Julho de 1563
Svidor de vm
Anto pera
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