1634. Carta apócrifa de Manuel da Costa fingindo ser Francisco Simões, marinheiro da carreira da Índia, para Francisca das Neves.

Snra fca das neves - Com mto semtimento e dor do meu corasão Escrevo esta a VM por ser tã ma nova como he esta aimda q são couzas de des sabera vM que domingos monteiro marido de vM he morto e morreo n armada de que ja so sabera Em pertugal E serto que he lastima di dizer o coceco de que modo socodeo q de uma escoadra de navios não escapou nehũ nem ce calvou nehuã gemte mais que dois omes de que eu fui um dellez e caimos em umas taboas e a nado couza milagroza e caimos numa terra donde Chamão coichim esta desgracia cocedeo a des de marco no ano de de seissemtos e trimta e tres. e llogo me fui por terra a cidade de goa jornada de sem legoas de que tive mto travalho por ser teras fragozas estas comtas dou a VM por q saiba o travalho dos omes e por ser molher de meu amigo domingos monteiro q des tem no ceo de que VM não deixara de semtir suã morte como sua molher e a obrigasão perciza que ce deve e tãbem ja que se não lembrou delle em portugal emquãto esteve neca terra aimda que não foi por culpa de VM comforme me elle comtou lembrece agora de sua alma que o deve fazer e cabe des quãto simto dar esta nova a vM mas comcolesse em cudar que são couzas do seo e aci não tenho q me largar em novidades destas terras q as naus levandoas des a portugal darão Rolasão de tudo a vM que esta nova he tãto de semtir q bastara pa vM porque me veigo tã emfadado nesta tera que nem tinha lugar pa escrever porque não nos deixa el Rei com suas armadas e aci não estive aposzemtado nesta cidade de goa mais que simquo comanas depois de minha perdisão e não tive llugar pa conhecer gemte deca cidade snão emcomtrara um ome natural de cezimbra q me dice faria diligencia a dalla a VM e ci a Receba com mta paciEmcia e com isto de noco snor a vM Mto descazo como dezeja em companhia da snra maria feito a simquo de agosto de 634 anos frco simois