Menu principal
Powered by <TEI:TOK>
Maarten Janssen, 2014-
Resumo | A autora dá indicações sobre o modo de proceder nos interrogatórios e transmite informações diversas, dizendo nomeadamente quem é que ela já denunciou, que a sua irmã Ana Henriques se encontra presa, e outros dados a pedido da sua companheira de cela para o marido, detido no mesmo cárcere que o destinatário. |
---|---|
Autor(es) | [Filipa Nunes de Tovar] |
Destinatário(s) | [Policarpo de Oliveira] |
De | Portugal, Coimbra, cárcere inquisitorial |
Para | Portugal, Coimbra, cárcere inquisitorial |
Contexto | Antónia Gonçalves, cristaleira e parteira nos cárceres da Inquisição de Coimbra, foi acusada de ter sido medianeira de uma série de recados achados em seu poder. Segundo relato dos guardas, "a dita Cristaleira ficara mui sobressaltada quando lhe foram achadas as ditas meias e papéis, amofinando-se grandemente por isso." O conjunto de cartas e bilhetes apensos ao seu processo foram trocados entre dois cárceres, envolvendo dois canais de comunicação. Semelhante achado ficou a dever-se ao alerta dado por um preso, João Pires. À vista do alcaide dos cárceres, este preso fingiu estar a dar-lhe um cântaro de água suja, mas na verdade estava a entregar-lhe "um papel dobrado, acenando-lhe com os olhos, como quem nele lhe fazia algum aviso." Pouco depois, Antónia Gonçalves preparava-se para lançar uma mezinha a Francisco de Paz, companheiro de cela daquele preso, sendo então surpreendida pelos guardas, que acharam nas algibeiras da sua saia uns papéis dobrados e atados com uma linha, incluindo uns bilhetes feitos com aproveitamento de suporte de papel, proveniente de púcaros com amendoada, trazidos da botica. Entre os envolvidos naquelas comunicações ilegais, contavam-se Filipa Nunes de Tovar, presa em companhia de Maria Gonçalves de Almeida, o marido desta, Francisco de Paz, e ainda Policarpo de Oliveira, futuro genro de Filipa Nunes de Tovar, preso no mesmo cárcere que Francisco de Paz. Filipa e Policarpo trocaram mensagens entre si com recurso à cristaleira, e intervieram como leitores e escreventes a pedido de Francisco de Paz (por estar sangrado) e de Maria Gonçalves de Almeida. Em audiência de 24 de Setembro de 1658, João Pires pediu para ser ouvido pelos inquisidores, com o intuito de entregar o presente escrito (PSCR1463), o qual achara no seu cárcere a 20 de setembro, mais precisamente no colchão da sua cama, metido num buraco. Declarou que este era o escrito que Policarpo recebera havia cerca de um mês, por intermédio da mesma cristaleira. Conforme declarado por Policarpo de Oliveira, Antónia Gonçalves entregara-lhe esta carta, escrita com a letra de Filipa Nunes e "na qual, promiscuamente, escrevia em nome de ambas para ele declarante e para o dito Francisco de Paz." |
Suporte | uma folha escrita no rosto. |
Arquivo | Arquivo Nacional da Torre do Tombo |
Repository | Tribunal do Santo Ofício |
Fundo | Inquisição de Coimbra |
Cota arquivística | Processo 8966 |
Fólios | 43r |
Online Facsimile | http://www.... |
Transcrição | Ana Leitão |
Revisão principal | Fernanda Pratas |
Contextualização | Ana leitão |
Modernização | Fernanda Pratas |
Data da transcrição | 2016 |
dre
do
lei
lar
nhua
a
rão
nio
Legenda: | Expanded • Unclear • Deleted • Added • Supplied |
Guardar XML • Download text • Representação em texto • Wordcloud • Representação em facsímile • Manuscript line view • Pageflow view • Visualização das frases