Representação em facsímile
[1620-1629]. Carta de Álvaro Gil para a sua mulher.
Autor(es)
Álvaro Gil
Destinatário(s)
Anónima41
Resumo
O autor queixa-se da sua situação e recomenda a fuga dos seus parentes.
rão
se quis vimgar na nosa pa
a aver q me avi
zarão coando avisei a me não dro e respõdeo
a molher cõ sobrescrito seu louvado xpo cõ
tudo e
seus sãotos secretos q trocão o sãnge po
r 4 reis mais valera avisar o q avia q
grão
de era o mundo mas ẽganeime q imaginei ser
o corasão dos outro como o meu q não
de deitar a garocha a quẽ andava no coro
pa
o touro a llevar ou tarde ou sedo e ao tourei
ro e não dar a mão pa o palãoqe louvores a xpo
se la aportar filho meu
deiteo cõ pedra ao pes
coso no mar e não o mãode a touros pois eu fui
besta q tive de ver cõ elas e elle não faleis não
vos
fasão outro tãoto e pouco o q dixer o porta
dor pagailhe o caminho cõ o q puderdes q ca
da bocado
q como he cõ lagrimas se o terão eses
inosẽtes a quẽ mãodo a bẽsão e a de Deos
primeiro e a vos as lagrimas mas pesovos
q vos
achee se deos me llevar daqui cõ vida porq como
sabeis não a de aver
memtira ẽ minha boca cõtra
mim nẽ cõtra outrem algum deos vos livre
e a meus cõpadres como pode e amigos q não ima
ginẽ
q ẽ mim não a de aver ẽ mim mẽtirã morte sim
deos favoresa a quẽ vos favoreser deos me deu
pe
cados apartarão deos fasa o
q pode xpo cõ todos
deste q não sei se he voso