Representação em facsímile
1674. Carta de Luzia Carvalha Feio, criada, para a sua irmã, Isabel Carvalha.
Autor(es)
Luzia Carvalha Feio
Destinatário(s)
Isabel Carvalha
Resumo
A autora dá à irmã a notícia de que está viva e de que estivera muito doente, a ponto de receber a extrema-unção. Pede também o envio de tecidos através do portador da carta.
nesesito he de hũ manto de burato de seda leva por hordem o porta
dor desta a conprarmo pesolhe a vm mo mande fazer e o mande cortar
pello seu manto que o portador a de dar todo o aviamento de
vm lho emtregara feito pesolhe que coando elle o for conprar
que queira vm hir com elle pa escolher hũ q for muito Ralinho
e muito fino mando tanbem buscar chamalote ou tafeta dobre cor
d ouro pa hũ vestido pesolhe a vm asista com elle na conpra pa q
a cor seja boa porq pa as vezitas vistome de cor e vinte varas de
de Renda negra e seu Retros o manto que truso de purtugal de Carrião a
inda esta novo porcoanto me visto de veuva ficame hũ tanto peque
no por ico mando conprar este outro as amigas do esperito santo lhe
mando mtos Recados q lhe não escrevo por me não alembrar o nome dellas
porque fiquei esquesida em mtas couzas desta doenca qua tive por no
tisia que ellas prenderão o matador q matou o seu marido e que ao pe
da forqua lhe dera o Regedor perdão não sei se he verdade se men
tira esto me contou hũa degredada que veio dese Reino do limo
eiro aquela snra que tinha aquele menino que meteu frade e foi
pa o maranhão lhe mando mtos Recados a snra q tem seu filho q he
ra ourives do ouro lhe mando mtos Recados a nenhũa sey o nome q
estou tal que me não alembra mais q e q tenho deante dos holhos
e iso dahi a pouquo tenpo ja me não alenbra peso a vm me mande
hũa medida do sõo do Carmo pa me chingir em mim anta Veloza
me diserão q era veuva que pa me alenbrar o seu nome estive es
tudando