Resumo | O autor denuncia detalhadamente a conduta amoral do vigário da freguesia. |
Autor(es) |
João Esteves da Vige
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Destinatário(s) |
Manuel Álvares Gondim
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De |
Portugal, Viana, Cabração |
Para |
Portugal, Valença |
Contexto | João Vaz moveu uma causa crime contra o padre José Cerqueira Pinto, vigário da freguesia de Cabração, Viana, acusando este de ter tido um caso com a sua mulher, Domingas Esteves. Estes factos teriam ocorrido quando João Vaz esteve ausente de casa, passando em Lisboa um período de oito anos. Segundo o queixoso, as cartas apensas ao processo constituiriam prova do sucedido. O denunciado, porém, contestou a veracidade das mesmas, alegando terem sido forjadas. Argumentou ainda que João Vaz agira por vingança, a ponto de reunir testemunhas falsas contra si. Ao longo do processo, percebe-se que foi afinal o irmão de Domingas, João Esteves da Vige, o causador desta intriga, instigando João Vaz por meio de cartas e reunindo testemunhas contra José Cerqueira Pinto. A inquirição das testemunhas colheu dados contraditórios. |
Suporte
| uma folha dobrada de papel de carta escrita em todas as faces do fólio 32. |
Arquivo
| Arquivo Distrital de Braga |
Repository
| Relação Eclesiástica |
Fundo
| Livramentos |
Cota arquivística
| Maço 1, N.º 1 |
Fólios
| 32r e v e 33v |
Transcrição
| Ana Leitão> |
Revisão principal
| Fernanda Pratas |
Contextualização
| Ana leitão |
Modernização
| Fernanda Pratas |
Data da transcrição | 2016 |
Snor Doutor prometor o snor da voa fim lhe toda a vida e sa
ude q desejia pa Remedio de almas q andam mal incacaminhadas como he a deste desgrasado q des q h vigai
ro na frga da cabrasão não tem vivido como bom
pastor senão como mauo sempre amansevado como
foi mtos anos com a filha de maria domingues chama
da izabel q dele pario algumas veses de q deu gdes dis
gostos e aRohidos os parentes
deixada hesta desincaminhou huma filha de frco
pires q estando jurada com po Alz Rolo a tirou diso
so a fim de ser sua manceva mtos anos
deixada hesta tratou de desincaminhar a filha de iza
bel Roiz ja defunta e a tirou de casa e a lebou pa perto
da sua fazendolhe casa nova e lhe tirou a telha e madeiras
q hela tinha na sua pa aparelhos da nova
defamou outras mosas donselas adonde ouve mto disgosto
deixada hesta tratou de desincaminhar a molher de domin
gos Afons bousas donde ouve mto aRohido de q foi
escribam destes desaforos Anto Barbosa pto
Agora tamin vivido com a molher de joão bas
q chamão a hela domingas esteves q lhe não sai de casa
de q tem dado e da mtos escandolo A ds noso snor e como
o dito marido esta preso inda anda mais desaforado
o filho e a filha do dito foram-se di casa pelos desaforos
q viam q hele he tam manhoso q se ajusta com os
rendeiros pa lebar os visitadores pa casa e mtas veses
se tira la a devasa i casa dele e os labradores com me
do não jrão nada tem tas a sua mão q lhe jrao qto quer
q chegou huma a jurar tanto q lhe inpequeseo a mão
Ameca os fregueises humas meteos nas armas como foi
A domingos Afonso a mais a molher hera manceva
fas o q homem omano não fas pa histo manoel mezi
da igra joão frz da igra domingas Afonso vesi
nha joão Afo maques po Alz Rolo domin
gos mz sobreiral o pe Anto Afo da Costa
joão frz marinheiro joão esteves A fi
lha de joão bas chamão mariana jozefa Afo