CARDS6028
1820. Carta atribuída a António Maria Vidal, acusado de ser salteador, para Ana Joaquina, lavradora.
Autor(es)
António Maria Vidal
Destinatário(s)
Ana Joaquina
Resumo
O autor, sob nome falso, ameaça Ana Joaquina pedindo-lhe dinheiro.
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A Illma Snra D Anna Joa
quimna a qm Ds Ge ms annos La
vradora da Roza asistente em
a va d'Almovar provincia do Llen
tejo pello Corro
Almodovar
LISBOA
Illustrisima
Senhora
Dona
Anna Joaquinna
trecero
peditorio que se pede ao espozo da
Senhora sobre o filho
do
Coronel da Cavalaria ja defunto
Pede o Padrinho ao
Senhor Dezembargador
Doutor
Joze Cardozo Comiçario em chefe do
Exercito e
Jumtamente aos Seus dois companheros
que
se emtreção pello
mesmo
que he Joaquim
Caitano
dos Santos Quintellas e outro he
Fernando
Antonio da Silvera Brandão por ver a
imnocencia
dos trabalhos achandoce Juntamente aballando
elle
em dia nove do mes quando lhe emputão o
dellito
desta Côrte com a quantia de outenta
Muedas
e hum Billete de trinta mil reis pois
dizem-me
que fora prezo pur sua
ellustrisima e como se
lhe tem pedido o
perdão porque o não preciza
mas querião Junto ao
Comcelho para ser Solto
pois
que
muito milhor lhe era ter feito o
que se lhe
tem pedido sendo aSignado pello
Juis de
Fora dessa Vila ou por outro qualquer
que seje e
estes tres
Senhores estão
pronptos obdecerem á Senhora
e pello
Seo Coração mais piodozo ainda que elle
teve a
perda que teve nada he com a
Senhora
quem
a de pagar a perda a de ser esse Jacobino
do
orive que armou pella denuncia
que quizerão dar
delle
atrazadamente por cortar a Sarrilha á
Mo-éda do Real Senhor este perdão
seje dado com
tempo que não chegue a voto de cer
cumpri em
comcelho por quem fica mal he a
Senhora podendo ficar
bem e
tãobem sendo precizo algum empenho
para qualquer cousa que seje
não tem mais que
proguntar em
que bairo mora a
quem se lhe oferece e
quem lhe
tem escripto não he da
mesma Caza pois agora
he
que lhe mandi escrever como me dizião
que não
era precizo eu escrever
porque ja lhe tinha
escripto e a decizão
que avia estar nos atos agora escrevo
ao
chefe e me rrespondeo que não pode ser solto
sem
paçar pellas armas de hum comcelho
de Guerra publicandoce o perdão
que esta para se
publicar
tem que lhe dar todos os dias o
que sua Magestade
Mandar e a
quantia
que eu lhe pedir de cada hum dia
que o
Suplicante tem estado prezo não tendo
dado o perdão
e tendo dado ja não tem nimguem que
dizer nem
lei que u oubrigue e
quando mais sedo milhor.
Lisboa
15 de Janeiro
deste Seo Venerador
Joaquim Caitano dos
Santos
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