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Maarten Janssen, 2014-

Linhas do facsímile

1721. Carta de Maria Clara Ribeira para Luísa Maria.

Autor(es)

Maria Clara Ribeira      

Destinatário(s)

Luísa Maria                        

Resumo

Maria Clara Ribeira diz à amiga, Luísa Maria, que confessou ter assistido a uma reza que uma mulher fez. E diz-lhe ainda que é melhor ela ir rapidamente ao Santo Ofício denunciar a tal mulher, porque ela também assistiu à reza. Maria Clara aconselha a amiga Luísa a ter paciência, e diz-lhe para ela não se afligir porque o Santo Ofício é piedoso.
Page 599r
[1]

Minha Amiga Luiza Maria; Dei Com hũ Confessor

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empertinente, e Confessandolhe aquillo que aquella
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mulher ensinava Com que fes tornarlhe a Caza o seu
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amigo, que era não Rezar o Rozario, nem dizer jesus M
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em quinze dias e o mais que ouvio e ella dice, me mandou
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dar parte ao sto officio; ja o tenho feito, e Como vm asistio
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me perguntarão que mais sabia do Cazo, e lhe dice que
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tambem vm ouvira, porem que nenhũa de nos tal fize-
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ra, antes arnegara tal diabrura, e asin he necesso que
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vm va Logo Logo ao sto officio denunciar tambem
[11]
quando não hão de chamalla, e chamão; não se descuide
[12]
e tenha paciencia que eu sou obrigada a fazer o que dis
[13]
o Confessor, e nestas materias de Nossa Sta fe não ha amigo
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pa amigo, não se asuste q Lá tudo se fas Com piedade
[15]
Deos gde a vm mtos annos

[16]
15 de Janro de 1721
[17]
Sua amiga
[18]
Maria Clara Ribeira

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