Contexto | O réu José do Espírito Santo, padre no convento de Nossa Senhora da Graça, Lisboa, foi preso a 26/08/1720 por acusação de solicitação e abuso do sacramento da Ordem. Destas culpas foi-lhe dada sentença em auto-da-fé privado a 16/07/1722: abjuração de leve, privado de voz ativa e passiva e do poder de confessar e pregar, para sempre; privação do cargo de qualificador, inabilitado para servir o Santo Ofício, suspenso do exercício das suas Ordens, por oito anos; degredo para o convento mais remoto da sua Ordem, por dez anos, onde seria recluso no cárcere, por três anos, dois deles com as penitências impostas nestes casos; proibição de entrar em Lisboa, Évora, Estremoz e Arraiolos; todos os seus papéis e escritos queimados; instrução na fé católica; penitências espirituais; e pagamento de custas. |