Contexto | Manuel Peres, galego, que se dizia chamar António Barral, foi, com outros dois homens, acusado de ser salteador em Setúbal e no Alentejo. Foram-lhes apreendidos um punhal, duas gazuas, um passaporte falso, três cartas e um bilhete. Duas das cartas foram escritas por Domingos Cortez, sócio da quadrilha de Pedro Indiano, preso na Cadeia do Limoeiro. A terceira carta, aquela aqui transcrita, não está assinada nem endereçada, mas o autor dirigia-se provavelmente a Antonio Platillero (ver. CARDS0121). Este caso, como muitos outros, prova quão corretas estavam as memórias dos viajantes que atravessavam o país. Os assaltos e os grupos de bandidos, alguns deles bem perigosos, atestam de facto o sentido das suas palavras. |