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Maarten Janssen, 2014-

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1794. Carta não autógrafa de Francesco Saverio Todi, compositor e violinista, para Dom João de Almeida de Melo e Castro, diplomata.

Autor(es) Francesco Saverio Todi      
Destinatário(s) João de Almeida de Melo e Castro      
In English

Letter from Francesco Saverio Todi, composer and concertmaster, to Dom João de Almeida de Melo e Castro, the Portuguese plenipotentiary minister in London.

The author seeks the help of the addressee to obtain the money he lost by putting it in the hands of a banker.

The author was an Italian violinist, the husband of the Portuguese lyric singer Luísa Todi and former concertmaster of the Bairro Alto theatre in Lisbon. By the time these letters were written he was seeking the help of the Portuguese plenipotentiary minister in London, Dom João de Almeida de Melo e Castro, to try and get back the income on the money he had given to Jean-Joseph de Laborde, Marquis of Laborde, the banker in the court of Louis XV (France). Since Laborde had been sentenced to the guillotine and his son was exiled in England, he was trying to get to him through the Portuguese diplomat. As the letters prove, he was also doing errands and favours in Lisbon to the Ambassador.

If there is no translation for the letter itself, you may copy the text (while using the view 'Standardization') and paste it to an automatic translator of your choice.

Texto: -


[1]
Illmo e Exmo Snr D João de Almeida
[2]
Tomo a liberdade de por na prezensa de V Exa o motivo que me obriga de tomar a comfiansa de escrever a V Exa.
[3]
O Exmo Snr Dom Dio-go Angeiga me animou a tomar esta ouzadia para pelo meio de V Exa poder haver hum pro-tetor para poder proteger a minha cauza a qual he, que tendo eu e minha molher dado a Mon-sieur Labord Banqueiro em Paris o meo dinheiro com o Juro de sinco por cento por anno e tendo o dito Labord a sette pa outo annos o dito dinheiro sem eu delle ter recebido hum real, sucede a Asemblea ter mandado glotinar o do Labord,
[4]
Este Labord tem hum filho o qual tambem he Banqueiro e se acha em essa Capital de Londres
[5]
este sabe muito bem todo este particular,
[6]
e querendo eu hir a Londres para ver se acazo poderia tratar com o filho do dito La-bord algum ajuste sobre o meo dinheiro, veijo que as couzas estao em tam ma figura que me não aRisco a partir pelo medo dos Corsarios Francezes,
[7]
asim me valỹ da proteção da Irmã de V Exa e da Snra Condesa de Ficalho de que incluzo remeto as cartas como tambem do Exmo Snr D Diogo Anjeja o qual escreveo a V Exa remetendolhe tambem a procuração de minha mulher,
[8]
asim imploro a protecão de V Exa para que se digne de patrocinar esta pobre familia, em fazer chamar este Filho de Labord que ahỹ se acha para ver se acazo elle quer pa-gar pois elle sabe bellamente que eu dei este di-nheiro a seo Paỹ e que seo Paỹ o tinha em giro e taloes que elle mesmo o girase pois como seo Paỹ o mandou para Londres a fazer o Banqueiro he bem de prezumir que o meo dinheiro entrase neste giro:
[9]
e querendo o filho do dito Labord pagar eu antão poderei mandar a V Exa todos os docu-mentos e Escriptura do do Banqueiro Labord que tudo tenho em meo puder:
[10]
Espero da benevolen-cia de V Exa de se enteressar neste meo negocio pois valer aos aflitos he virtude, e tanto eu como minha mulher e toda esta familia não cessarão de rogar a Ds pela vida de V Exa dignandose V Exa de proteger esta minha Cauza e tendo ella algum exito felis:
[11]
V Exa fará o favor de avizar a Madrid ao Illmo e Exmo Snr D Diogo para elle me apar-ticipar e saber as medidas que deverei tomar
[12]
Ds gde a V Exa por ms ans
[13]
De V Exa mo atto Vor e Cdo Franco Saverio Todi Lxa 2 de Dbro 1794
[14]
PS estando fexando a carta pa V Exa o Snr Luis Canto me remete a incluza entendendo q eu partise
[15]
e como não vou pessoalme a remeto a V Exa esperando dela todos os bons officios

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